A crise na saúde pública no Amazonas, agravada com a descoberta de fraude milionária na prestação de serviços pelo INC (Instituto Novos Caminhos), contratado pelo governo do Estado, tende a ter seu preço político cobrado por omissão em 2018. É que o roubo do dinheiro do Fundo Estadual de Saúde por empresas subcontratadas pelo INC, descoberto pela operação ‘Maus Caminhos’, da PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria Geral da União), causou silêncio na ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas). Obviamente, a base aliada não se manifestou contra os desmandos. Diante da tímida reação da oposição, o líder do governo, David Almeida (PSD), também obviamente, eximiu a gestão do governador José Melo (PROS) de qualquer responsabilidade. Na disputa pela reeleição, em 2018, os deputados podem ser cobrados pelo eleitor. A indagação deve ser: por que, como órgão fiscalizador do Executivo, não evitaram o desvio de recursos destinados a prover pacientes de bom atendimento médico?