Por Cleber Oliveira, da Redação
MANAUS – No quinto mandato consecutivo de deputado federal, o pastor e ex-bancário Silas Câmara (PRB-AM), de 52 anos, planeja trocar a carreira política em Brasília por Manaus. Para isso, entrou na disputa pela prefeitura. Como credenciais ao cargo, o parlamentar pretende apresentar ao eleitor a experiência como legislador, explorar o histórico de não reeleição de prefeitos na capital e propostas de governo que têm como base um novo conceito de segurança pública e a descentralização da gestão municipal em subprefeituras. Como maiores desafios, Câmara revelou ao AMAZONAS ATUAL que é se tornar conhecido em Manaus e evitar que processos na Justiça manchem sua reputação e sejam usados como munição pelos adversários.
AMAZONAS ATUAL – O senhor está no quinto mandato consecutivo de deputado federal. Por que só agora o senhor decidiu que é o momento de deixar de ser legislador para tentar se tornar prefeito?
SILAS CÂMARA – Primeiro, porque a participação política no processo eleitoral, começando pelo Legislativo, é uma experiência muito positiva para quem precisa dialogar com a sociedade e chegar ao objetivo de um governo bom. Acredito que Manaus sofreu muito por conta do radicalismo político: não falo com esse, não falo com aquele. No meu caso, são 38 mil votos na primeira eleição, 72 mil na segunda, 104 na terceira, 127 na quarta e 167 mil na quinta. Esses são os números de votações que eu tive nas últimas eleições. Com paciência, dentro do grupo político que eu pertenço ou que estou, havia muita gente na fila e eu preferi esperar a fila andar. Acho que chegou o momento, inclusive por conta de tudo que a gente está vivendo aí, que aponta fortemente para o indicativo de que as pessoas não precisam estar fora dos grupos políticos, mas os grupos políticos precisam dar oportunidade para aquelas pessoas que não tiveram oportunidade de demonstrar a sua capacidade de fazer.
ATUAL – O senhor identificou, então, uma oportunidade no grupo político?
SILAS – Sim. Eu tenho muita expectativa e muita vontade de poder fazer e acho que o momento é o adequado. São 16 pré-candidaturas até agora, uma eleição completamente aberta. E o povo, nos últimos 16 anos, diz não à reeleição. Acho que isso é um ponto importante. Desde 1992 que a população não reelege e nem elege ninguém no primeiro turno. Manaus abolição a reeleição há 16 anos. Então, Manaus tem necessidade de ouvir novas propostas e faz questão de dar novas oportunidades.
ATUAL – Há um conceito de que deputado federal, por ficar em Brasília, mantém um distanciamento do eleitorado…
SILAS – É relativa a afirmação de que em Brasília se mantem determinada distância. Até porque, hoje, com as ferramentas de comunicação, facilitou muito. Em 1998, quando eu fui eleito pela primeira vez, a realidade era bem mais complicada. Agora não, com TV Câmara, blogs, novos sites, redes sociais que o político também usa para se comunicar, e eu tenho uma participação pelo segmento que religiosamente sou agregado, tem muita velocidade na comunicação e as pessoas interagem muito. Então, pelo que tenho percebido nos últimos 40 dias, quando entrei em pré-campanha, posso afirmar que o meu maior desafio, independente dos outros, é ter sido o último a entrar no processo. O segundo grande desafio que vou enfrentar é justamente o fato de que 70% da população de Manaus ainda não me conhece como pré-candidato a prefeito. Ao mesmo tempo em que tudo isso é um desafio, é também uma oportunidade porque, em qualquer pesquisa séria, eu estou entre os quatro primeiros pré-candidatos. Se eu tenho essa possibilidade de crescer diante da quantidade de pessoas que não me conhece ainda, eu tenho certeza que vou ter uma participação muito chocante nesse processo.
ATUAL – O senhor é filiado ao PRB, mas já passou pelo PMDB, antigo PL e PFL, além do PTB, PAN, PSC e PSD. Essa sua nova fidelidade partidária também é passageira?
SILAS – Vou explicar essa movimentação. O Estado do Amazonas tem apenas oito deputados federais. O Brasil tem 38 legendas organizadas. Eu fui eleito em 1998 pelo PL e o governador do Estado (Amazonino Mendes) era do PFL. Naquelas circunstâncias, como hoje ainda é o nosso maior desafio, a defesa do nosso polo industrial, que é responsável por 47% da nossa economia, é sem dúvida nenhuma o maior desafio, não da política pública legislativa, mas da executiva com certeza. Então, quando você pertence à base do governo, essa movimentação partidária é quase que articulada pelo poder executivo. Na medida em que o governador sente dificuldade para articular a defesa dos interesses da Zona Franca de Manaus, ele tenta movimentar a base política que ele tem, que é muito pequena, e nenhum governador conseguiu eleger mais do que dois ou três deputados federais por um partido só, então ele tenta se movimentar para fortalecer a sua influência em um partido que tenha musculatura em termos de quantidade e em qualidade em termos de relacionamento com o governo federal para poder dar o suporte de defesa do nosso polo industrial. Então, como Deus me deu a oportunidade de vencer as últimas dez eleições, cinco como candidato e outras cinco nas quais apoiei candidaturas a prefeitos em diversos municípios, essa minha movimentação foi acontecendo de acordo com essas circunstâncias.
ATUAL – Então o senhor se movimentou conforme os interesses do governo do Estado?
SILAS – Não foi o desejo do deputado Silas Câmara se movimentar. O Amazonino fez uma articulação, inclusive para a composição da Mesa da Câmara, e eu atendi o chamado do Amazonino. Depois o PTB era um partido da base de oposição ao governo e que tinha uma bancada expressiva. Foi para acumular, naquela época que nós tínhamos 28 deputados federais nesse grupo, para poder puxar o PTB para a base de defesa da Zona Franca de Manaus. Por último, o Omar Aziz foi eleito pelo PMN e não fez nenhum deputado federal e em Brasília o PMN tinha apenas dois deputados federais. Imagine você um governador do Estado como o Amazonas, para defender esse monumento econômico, com um partido que só tinha dois deputados federais? Foi formado o PSD e ele se movimentou para o PSD e levou, naquela época, dois deputados federais: eu, que estava no PSC, e o Carlos Souza que estava no PP. E agora fui reeleito pelo PSD e fui para o PRB por uma sugestão muito tranquila: é que eu acho que os grupos políticos no Amazonas evoluíram para um novo momento, que passa pela Prefeitura de Manaus. E era impossível, tendo o ex-governador Omar Aziz anunciado apoio ao atual prefeito Arthur Neto, há dois anos, eu ter a oportunidade de disputar a eleição se não tivesse uma legenda que me desse a liberdade e o apoio necessário.
ATUAL – Adversários seus definiram propostas a partir de uma quantidade de ideias que consideram ideais para resolver problemas estruturais da cidade. O senhor já tem projetos de gestão pré-definidos?
SILAS – Nós temos uma concepção muito clara. O Brasil está vivendo um momento novo. Portanto, transparência é um ponto que nesta eleição será muito forte, a segurança e a aproximação do governo com a população a partir da descentralização é uma outra palavra que nós estamos utilizando muito em todos os conceitos que estamos construindo. E por último confiança, ou esperança, que é uma coisa que a população está envolvida. Para você ter uma ideia, o Brasil, apenas ao ter esperança que o novo governo possa mudar o país, nós já temos um viés de crescimento para o ano que vem, dado pelo Banco Mundial, de 05%. Portanto, confiança e esperança são itens fundamentais.
ATUAL – Agora, como transformar esses conceitos em projetos práticos de políticas públicas?
SILAS – A primeira coisa que já está adotada como política de governo que nós vamos fazer é implantar quatro subprefeituras, uma por zona de Manaus, norte, leste, oeste e sul, e também instituiremos o conceito de gerenciamento de serviço público como algo que transpassa a ideia de a pessoa estar na frente do prefeito. Teremos a sede da prefeitura, onde o prefeito vai comandar, e apenas dez secretarias. Vamos diminuir o número de secretarias, em termos de conceito executivo, e vamos ter um centro de atendimento que seja o último recurso antes de a população chegar à sede da prefeitura e ao prefeito que deve estar ali a 50 metros deste centro. Nessas quatro subprefeituras nós teremos a estrutura completa de governo.
ATUAL – Reduzir secretarias implica em diminuir pessoal, mas criar subprefeituras exige pessoas para trabalhar. O que vai prevalecer: o enxugamento da folha ou o aumento?
SILAS – Nós vamos, sem dúvida, enxugar os cargos comissionados. Assim teremos condições de construir o que estamos pensando facilmente. Serão dez secretarias e cada uma com quatro subsecretarias. Essas subsecretarias ficarão nas subprefeituras onde estarão ali todas as soluções que as pessoas procuram, por exemplo o Centro da cidade. A quantidade de prédios que a prefeitura, hoje, ocupa com subsecretarias pelo Centro é algo impressionante. Então, esses centros vão dar soluções efetivas para todos os problemas na própria zona, na própria região da população. Com isso nós vamos tirar muitos carros da rua e vamos chegar a prefeitura para perto da população que poderá resolver problemas como a falta de iluminação pública, funcionamento de postos médicos, estrutura das escolas, da tampa do bueiro, que precisem de resposta rápida.
ATUAL – Isso não exigira uma presença mais frequente do prefeito nas ruas?
SILAS – Uma coisa muito interessante desse conceito de chegar perto da população é o fortalecimento da liderança comunitária. Com a subprefeitura, o prefeito vai ser obrigado a conviver com a informação e a movimentação comunitária no que diz respeito às demandas da população. Isso vai possibilitar fazer uma avaliação em tempo real do desempenho dessas unidades e analisar a meritocracia. Foi eficiente, continua e, se não foi, você desliga o gestor e põe alguém que queira ser eficiente.
O segundo ponto que a nossa prefeitura vai investir muito é a segurança pública, mas não adotando isso como responsabilidade sua constitucional. A nossa prefeitura vai devolver o sentimento ou a sensação de segurança pública para as comunidades a partir do que ela pode fazer.
ATUAL – E como isso funcionaria na prática?
SILAS – Primeiro ponto. Hoje não existe comunicação entre sistemas de segurança entre as câmeras em ônibus e as centrais de segurança da polícia. Essas imagens nos ônibus são arquivadas e só depois, quando se precisa da imagem, se provoca o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas) para utilizar a imagem. Veja você: nós estamos no mundo da tecnologia e uma câmera dentro do ônibus não pode jogar a imagem em tempo real para uma central de inteligência da Polícia Militar que poderia, no trajeto daquele ônibus, interceptar e fazer a abordagem correta e nós não perderíamos a vida de um cidadão de bem que estava indo para seu trabalho.
ATUAL – Mas a prefeitura não faz segurança pública, faz segurança do patrimônio público com a guarda municipal…
SILAS – Veja bem. Na segurança pública nós queremos fazer um trabalho em quatro polos. Primeiro, reestruturar as câmeras que existem nos prédios da prefeitura, que são quase 770, e também nos ônibus, dando imagem em tempo real. Segundo, fazer um novo concurso público e completar a tropa da guarda municipal, que hoje não chega a 400 homens e alguns deles à beira de se aposentar, para chegarmos a uma guarda de mil homens e devolvermos, assim, a segurança pública nas escolas, nos postos médicos e que em qualquer prédio público se tenha a presença de pelo menos um guarda municipal e com uma pequena moto, dessas bem simples, para que possa, de hora em hora, apenas fazer uma rota no quarteirão onde o prédio da prefeitura está localizado. Com apenas uma rota dessa, o guarda municipal, se estiver com a sirene ligada, a sensação de segurança pública atinge dez quarteirões no entorno do prédio público. E isso dá à população a sensação de que alguém está preocupado em saber o que está acontecendo naquele quarteirão.
ATUAL – Só isso resolve?
SILAS – Não. Um terceiro ponto que a gente pretende abordar é a iluminação pública que ainda é um desafio na cidade de Manaus. Na nossa avaliação, com os conselhos comunitários reunidos mensalmente com o prefeito e as subprefeituras, vai se resolver isso com muita facilidade. Por que se existe uma empresa contratada pela prefeitura para resolver problema de iluminação pública e ela se propõe a dividir sua atuação por subprefeitura, essa solução não tem porque não acontecer.
E o último ponto é o fortalecimento dos conselheiros tutelares, que são órgãos constituídos a partir da escolha de representantes pelo voto da população e que tem uma força muito grande de relacionamento com a comunidade. E por ter essa força, a comunidade identifica as tendências naturais da movimentação das famílias nos finais de semana. Hoje, essas instituições estão enfraquecidas, não tem sequer carro para andar. A quantidade de conselhos tutelares, que deveria ser um a cada 100 mil habitantes, não tem nenhum a cada 200 mil habitantes. Então, esses conselhos são totalmente desestimulados da sua atividade.
ATUAL – Parece fácil na teoria, mas isso custa dinheiro. O senhor já tem estimativa de recursos para tudo isso?
SILAS – É simples. Hoje a prefeitura paga mais ou menos R$ 26 milhões por ano com serviço de vigilância. Se você reestruturar os recursos que existem dentro desse novo conceito todo, não é caro. Até porque um guarda municipal, hoje, ganha em torno de R$ 1,5 mil. Então, o que estou falando em termos de segurança pública é uma coisa possível e que a gente quer mostrar que a prefeitura pode fazer.
ATUAL – Não há projeto para a educação?
SILAS – Sim. Na educação vamos trabalhar a questão das creches. Todos os prefeitos prometeram muitas creches e não conseguiram construir. Inclusive agora, o atual prefeito, que prometeu 120 creches, que estavam contratadas, o Amazonino deixou contratadas com o governo federal e a primeira parcela na conta, o problema é que se esqueceram que quando fazem promessa para ganhar a eleição deveriam ter estudado que uma creche, quando construída, se torna cara a manutenção. O preço por aluno na creche se iguala, por exemplo, a um aluno na universidade. E quando a prefeitura se depara com essa realidade, vê que não tem capacidade financeira de fazer funcionar o sistema, portanto é mais fácil achar dificuldade para não construir a creche e não ter o sistema funcionando.
ATUAL – E no Ensino Fundamental…
SILAS – Na educação fundamental, nossa proposta é o fortalecimento da família. Queremos fortalecer os laços da família com a escola, exigindo que o pai vá à escola uma vez por semana, que fique sabendo se o filho está frequentando as aulas, está se comportando direito. Que o dever da escola seja, de fato, feito em casa. Se o dever de casa não foi feito porque o pai não acompanhou, isso não é responsabilidade da escola. Se ele voltar com a lição feita porque o pai acompanhou, a gente está criando um conceito novo de aproximar a família da escola. Isso vai melhorar, sim, não apenas o ensino, mas vai comprometer a família com aquilo que é a manutenção física da escola e o relacionamento entre professores e pais.
ATUAL – A partir deste ano, as empresas não podem mais fazer doações aos candidatos. Como o senhor pretende financiar sua campanha?
SILAS – O nosso partido vai concorrer em dez capitais e me convidou para representa-lo em Manaus. Portanto, eu espero, primeiro, que aquilo que é mais estruturante na campanha o partido pague. E espero, obviamente, já que nossa coligação são dois partidos apenas, PSC e PRB, que os 60 candidatos a vereador que estão conosco já estejam também pensando quem são os amigos, companheiros que vão ajudá-los e eu, obviamente, a partir do relacionamento com as pessoas que acreditam nas minhas propostas, possam também me ajudar naquilo que for minimamente necessário. Até porque nossa campanha é, de fato, uma campanha que pretende atrair pessoas que acreditem no nosso projeto e que queiram se comprometer conosco a partir de um termo muito comum que é o ‘mobilizador voluntário’, aquela pessoa que acredita em você e assim passa a colaborar com o partido, com os ideais que o partido tem, com as propostas para poder ajudar Manaus.
ATUAL – Alianças partidárias implicam em distribuição de cargos públicos aos aliados. O senhor pretende fazer essa partilha caso eleito?
SILAS – Não pretendo fazer e adianto, inclusive, que nem candidato à reeleição eu sou. Se Deus me der a graça de vencer essa eleição e a população me der a oportunidade de ganhar essa eleição, eu quero fazer uma administração de quatro anos para implantar um conceito gerencial novo. E esse conceito não pode sofrer a interferência política. Eu tenho 20 anos de vida pública no Congresso Nacional e posso assegurar que nesses 20 anos a minha maior queixa é a falta de relacionamento do Poder Executivo com o Poder Legislativo. O que eu pretendo fazer para fechar as brechas é colar no Poder Legislativo no aspecto do relacionamento. Eu acho que existem outras compensações no relacionamento político que você pode instituir sem ser o toma lá dá cá. Por exemplo: um vereador que foi eleito por determinada comunidade, ele tem interesse em atender as demandas daquele lugar. Se o prefeito for eficiente em atender aquelas necessidades, ele não vai ter dificuldade de relacionamento com nenhum poder.
ATUAL – O senhor respondeu a processos no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de corrupção. O senhor teme que o eleitor desconfie da sua candidatura e que os adversários usem isso contra o senhor?
SILAS – Já estão usando. Eu tenho 20 anos de vida pública. Durante esses 20 anos eu não apareci em nenhuma lista de mensalão, de Lava Jato. Não tenho nenhuma obra no governo do Estado, não tenho nenhuma empreiteira ligada a mim. Eu sou um homem que vivo da estrutura que eu recebi há 20 anos como homem público. De vez em quando, os jornais fazem relação de quem utiliza ou não utiliza cotas disso, cotas daquilo. É muito simples: eu vivo da estrutura que eu tenho como deputado federal. Mais do que isso, se você andar o Estado do Amazonas inteiro, todo mundo vai dizer: o deputado que mais visita a nossa comunidade chama-se deputado Silas Câmara. Isso tem um custo. E é por isso que o poder público te dar o suporte para você exercer o seu mandato. Quem não gasta isso está fazendo de outra forma. Eu estou fazendo transparentemente com aquilo que a instituição política nos dá, que a democracia coloca à minha disposição. Durante esses 20 anos, graças a Deus, eu demonstrei de forma clara e concreta que tudo aquilo que aconteceu em denúncia no ano de 1999 e 2000 eram simplesmente adversários nossos, inclusive tem declarações, depoimentos dos acusadores dizendo: ‘eu fiz porque, está certo, ele tinha uma aversão natural comigo’. Mas Graças a Deus, em todos os processos, eu fui absolvido.
ATUAL – Mas ainda há um processo criminal…
SILAS – Do que tem hoje tramitando, um está já prescrito e o outro a consequência dele é que o TRE, aqui de Brasília, me absolveu da ação civil e consequentemente no processo criminal tem um efeito altamente positivo. Eu estou muito feliz de nesses 20 anos ter podido mostrar com as minhas ações e pelo período que o povo confiou em mim, de que eu estou limpo e estou fazendo o melhor que eu posso para exercer a minha atividade política sem me contaminar com aquilo que não é pão, como diria o trabalhador, com aquilo que não é lícito. Então, estou muito tranquilo quanto a isso, mas sei que vão usar aqui e acolá.
ATUAL – O senhor é pastor da Igreja Assembleia de Deus, em Manaus. Na esperança de ser eleito o senhor acredita mais em Deus ou no eleitor?
SILAS – Acredito primeiro em Deus e a credito também no eleitor. Até porque, pela minha formação, eu sou um homem que creio, que acredito que tudo se consolida no mundo espiritual e reflete-se no mundo material a partir da sua capacidade de convencer as pessoas de que você é capaz. Eleição não se ganha apenas com conversa e também não se ganha apenas com oração. Se ganha principalmente com ação e é nisso que eu acredito. Acredito que a população, principalmente os que me conhecem, sabem da minha capacidade de fazer, da minha capacidade de me tornar facilmente um homem que não tem diferença entre uma caneta e uma enxada. Não estou dizendo que o prefeito vai pegar uma enxada, mas o prefeito sabendo o que é uma enxada, é importante. O prefeito saber como funciona a cabeça de quem está na enxada é importante. Eu tenho muita vontade de usar toda essa minha experiência. Já tive a oportunidade de trabalhar no setor privado como a construção civil, já fui funcionário de banco, sou formado em teologia, sou pastor, portanto gosto de lidar com gente.
ATUAL – O voto da comunidade evangélica será determinante na sua campanha?
SILAS – Veja bem. Tenho muita vontade de somar toda essa minha experiência e mais a experiência de 20 anos no Congresso Nacional e de não ser inimigo de ninguém. Registre-se: nenhuma autoridade executiva no Amazonas nos últimos 25 anos chegou ao poder sem nossa ajuda. Então é justo que eu queira ter uma oportunidade, mais do que isso, é justo que todos me respeitem e ao invés de estar com provocações, até mesmo na Assembleia Legislativa, pudessem imaginar onde estavam há quatro anos. Se imaginarem, não falariam bobagem porque ou estavam debaixo da nossa cobertura ou estavam pedindo a nossa aliança. E quando estavam debaixo da nossa cobertura, nós éramos as pessoas mais honestas e mais competentes de Manaus e do Amazonas, e quando estavam pedindo a nossa ajuda era pelo menos motivo. Porque a boa influência que nós tínhamos diante de um segmento da sociedade daria a eles a certeza de que poderiam chegar a uma vitória. Portanto, tenho muita vontade de fazer e tenho certeza absoluta que vamos fazer, se Deus quiser e a população quiser, mais e melhor para a cidade de Manaus.
Confira trechos da entrevista em vídeo:
Sobre a motivação da candidatura a prefeito de Manaus
A proposta de criação de subprefeituras para administrar Manaus
Propostas para segurança pública e educação
Onde ele vai buscar dinheiro para financiar a campanha
“Transparência estará ao alcance de quem tiver um celular”
Sobre o uso político dos processos que responde ou respondeu no STF
Um recado aos adversários: “É justo que todos me respeitem”
GOSTARIA QUE QUE ELE DE FORMA TRANSPARENTE, DISSESE SE ELE PRETENDE GOVERNAR PARA TODA A CIDADE OU SO PARA OS EVANGELICOS, POIS SABEMOS QUE O SEGUIMENTO QUE MAIS PERSEGUE PRINCIPALMENTE OS PRATICANTES DO CANDOBLE, UBANDA, ESPIRITAS E CATOLICOS, SÃO OS EVANGELICOS D ASSEMBLEIA DE DEUS, QUE É COMANDADA EM TODA REGIÃO NORTE PELA FAMILIA CAMARA…..???