Por Daniel Santana*
Foi publicada na segunda-feira, 17, mais uma rodada de pesquisa eleitoral no Amazonas.
Relembro antes o que já havia falado em outra oportunidade: em se tratando de pesquisa eleitoral ou de opinião, no Amazonas, somente dois institutos ou empresas têm know-how e condições técnicas de confiabilidade para serem levados à serio, e as razões são óbvias: são empresas já consolidadas no mercado, estruturadas e e bem estabelecidas, com histórico e corpo técnico permanente, e confiabilidade de mercado já há mais de duas décadas.
Então, como Afrânio Soares (Action Pesquisas de Mercado) não está divulgando suas pesquisas, ou o está fazendo com muito atraso – as vezes até dez dias após o trabalho de campo, como na pesquisa anterior, registro aqui breve comentário sobre a divulgação de Durango Duarte (#Pesquisa365) desta segunda-feira – cujo trabalho de campo ocorreu por toda a semana passada.
O cenário é bastante claro:
1) Há empate técnico entre Eduardo Braga (PMDB) e Amazonino Mendes (PDT), ambos na casa de 24% das intenções de voto. Sendo que Eduardo apresenta estar em queda-livre e Amazonino sobe semana a semana.
2) A segunda conclusão é de que Rebecca Garcia (PP) e José Ricardo (PT) se consolidam como terceira e quartas forças do pleito, com 13,5 e 8,5%, respectivamente. Detalhe para o crescimento de Rebecca na casa de dois pontos percentuais da rodada anterior para esta.
3) E a conclusão final é de que Eduardo Braga está em queda livre se analisarmos semana a semana, ou mês a mês a evolução dos números.
Eduardo já esteve com mais de 40% de intenção de votos. Caiu para 24,9% em maio. Esteve com 26,1% no início da eleição (final de junho) e agora torna a cair para 24,1%.
Amazonino, por sua vez, iniciou com 15,2%. Subiu para 18,5% em maio. Cresceu para 22,3% no inicio da eleição. E agora bate 24% cravado, alcançando Eduardo definitivamente.
Rebecca, que figurou em apenas duas rodadas, com a de hoje, subiu de iniciais 11% para 13,5% em pouco mais de dez dias. E José Ricardo manteve tendência de subida ao cravar 8,5% na rodada se hoje, subido pouco mais de meio porcento em relação à rodada anterior.
Resumindo. Todos subiram, menos Eduardo, que caiu e vem caindo semana a semana.
Em relação à segundo turno, a diferença de Eduardo para Amazonino, que já foi de 16,6% em maio, depois caiu para 4,9% em junho, agora está 0,8%. Ou seja, não há mais diferença, e sim uma tendência de queda-livre de Eduardo, e de subida permanente de Amazonino, Rebecca e José Ricardo.
Isso são os números, sobrepostos ao longo do processo. Isso é estatística, isso é ciência.
* Daniel Santana é cientista social e consultor politico. (O texto é uma contribuição para o blog)