MANAUS – Ao declarar que os incentivos fiscais concedidos em Manaus são elevados e geram benefícios questionáveis, o economista Roberto Castello Branco, diretor da FGV Crescimento e Desenvolvimento, foi vaiado em evento sobre os 50 anos da Zona Franca de Manaus, nessa segunda-feira, 27, na capital. Roberto Branco ainda ‘apanhou’ do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), do vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias), Nelson Azevedo, e do superintendente da Suframa, Appio da Silva Tolentino, que também estavam na mesa durante o debate. Os três rebateram o economista e afirmaram que o entendimento de Castello Branco sobre a ZFM é equivocado.
Prós e contras
Em 2016, conforme o economista, o custo da ZFM foi de 20% os gastos com educação ou saúde, de 6,6 vezes os incentivos com inovação e pesquisa e de 2,2 vezes os gastos do governo federal com segurança pública. Segundo ele, a renda média no Amazonas é uma das mais baixas do país. Arthur disse que a ZFM preserva Floresta Amazônica, Tolentino disse que o modelo é bom para a imagem do Brasil e Azevedo lamentou a visão negativa de Castello Branco. Roberto Castello Branco perdeu a oportunidade de apresentar alternativas ao modelo.
Mas ele está certo (Roberto Castelo Branco), por mas que tente negar o Amazonas não se desenvolver!