Antes da melhor Copa do Mundo que o mundo assistiu, uma coisa deixava esse caboclo completamente enlouquecido: os comentários vindos do sul e sudeste sobre a melhor Arena construída no nosso Brasil. A Arena da Amazônia e o Teatro Amazonas deixam o mundo de queixo caído. Os comentaristas tinham certeza que o povo do Amazonas não merecia uma praça de esporte do quilate da nossa. Quanto engano!
O povo do Amazonas pagou e construiu, através de uma dessas construtoras famosas que aparecem, todos os dias, no Jornal Nacional, três belíssimas Arenas. A Arena da Amazônia é uma das mais belas e modernas do mundo. Falta só o ar-condicionado para ser melhor que Wembley, o Berçário do Futebol. As outras duas são: a melhor alternativa para o povo da Zona Leste, a Arena Carlos Zamith, e a da Zona Oeste, a Arena Ismael Benigno. São umas “belezuras” de conforto e praticidade para jogos e treinamentos de qualidade. Os Donatários da nossa Capitania querem saber o que vamos fazer com as nossas Arenas. E eu começo a responder:
- Ajudar a salvar os timecos do sul e sudeste, reduzidos pelas bobagens que seus dirigentes fazem há décadas. Como? Através de generosos pagamentos de rendas nos seus jogos na nossa Arena da Amazônia. As rendas no sudeste não pagam o salário de um único jogador dos grandes timecos. O Conca, do Fluminense, é um exemplo.
- Fazendo um restaurante com comidas e bebidas da nossa região, sem esquecer os churrascos e as farofas tão apreciadas.
- Através de uma loja que venda os produtos esportivos dos nossos clubes e que são pedidos pelas redes sociais, todos os dias, por pessoas de outros estados e países. Quando da Copa do Mundo de Futebol, a TV Al-Jazeera, visitou-nos no CT do Nacional. Seus repórteres, de altíssimo gabarito, pediram que indicássemos as lojas onde poderiam comprar as “camisolas” dos clubes de Manaus e do Amazonas. É claro que ficou mais fácil um autógrafo do Cristiano Ronaldo. A loja venderia copos, relógios, chaveiros, etc…
- Poderíamos terceirizar uma empresa de marketing para trabalhar o produto “Arena da Amazônia”.
- Criar duas estátuas para dar nome às duas rampas, e dar nomes. Sugiro os nomes dos craques que eu vi jogar: o espetacular Paulo Onety, com quem joguei peladas no Grêmio Guanabara, já com os cabelos e bigodinho, totalmente brancos, e o Edson Piola, nunca vi tanta habilidade com as duas pernas e dentro da área. Dois cracaços. As estátuas são muito apreciadas para que os torcedores tirem fotos enquanto pegam dicas de jogadas. Atualmente os treinadores são do tipo Felipão e Luxemburgo. Que decadência! As estátuas serão melhores conselheiras.
- O Museu do Futebol. Pegaremos o “know-how” em museus como o de Wembley ou o do fenomenal, como foi o Rei do Futebol, Museu do Futebol de São Paulo. Pediremos a colaboração do povo pelas redes sociais. Fotos, camisas, cartões postais, tubos de grama mostrando que é um Estádio de Copa do Mundo, life-size, aquelas imagens corpo inteiro, suspensas e equilibradas em um tripé, do Cristiano Ronaldo para que se tire fotos com o craque. O craque português e mundial jogou na melhor do Brasil.
- Um grande museu de objetos olímpicos. O Dr. Roberto Gesta tem a melhor, a primeira coleção de peças olímpicas do mundo. O Gesta é um desportista ao nível do espetacular João Havelange e saberá colocar o seu Amazonas no caminho das Grandes Exposições Olímpicas Mundiais. No dia 17 de janeiro de 2015, no Hotel Tropical de Manaus, a comunidade do atletismo das Américas, estará reunida para ouvir as propostas, para a direção da IAAF, a internacional, de dois dos maiores atletas olímpicos de todos os tempos: do Sir Lord Sebastian Coe, e do super recordista de salto com vara, Serguei Bubka.
- A nova abordagem da nossa Arena servirá para que se desvende os segredos do estacionamento da bela praça. O estacionamento ainda é uma dificuldade para os torcedores amazonenses.
- Querem falar de prioridades? Todos sabemos que educação, saúde, água e segurança, agridem as nossas inteligências, mas se ultrapassarmos a tão decantada corrupção, todo o resto correrá nas velocidades de Usain Bolt. Esse problema passa pelas nossas polícias e judiciário, e dessas aulas, eu não fui a uma sequer. Tão “inguinoranti” que não consigo escrever uma única linha. Eu só sei que um “Homem”, lá atrás, no Sermão da Montanha, disse:
“E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal…Amém”
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Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, é apaixonado pelo futebol, pela Arena e pelo Amazonas. E não fresquem não!