Você sabia que certas doenças podem oferecer riscos ao trânsito? Já pensou que mesmo um condutor que dirige muito bem pode comprometer o tráfego devido a alguma enfermidade?
Foi pensando nessas situações delicadas que o trânsito pode apresentar ao motorista que eu resolvi fazer este artigo.
Começarei dando algumas dicas importantes sobre como ter uma boa conduta nas vias públicas e, na sequência, irei abordar algumas doenças que podem comprometer a direção. Portanto, acompanhe este artigo até o final e aproveite para tirar suas dúvidas!
Geralmente, quando ouvimos falar que uma pessoa dirige muito bem imaginamos um condutor que dirige com perfeição, aquele que tem destreza ao volante para fazer uma curva fechada, uma ultrapassagem perfeita etc.
Na verdade, o conceito de dirigir bem está mais associado às habilidades do motorista em prestar atenção às regras de trânsito, em ser cuidadoso ao trafegar em trechos mais críticos das vias, em ser prudente nas ultrapassagens, ou seja, dirigir bem significa ficar longe dos problemas.
Veja algumas dicas que certamente ajudarão você a mandar bem no volante e a agir de acordo com o que está previsto nas leis de trânsito.
- Nunca se esqueça de usar o cinto de segurança. Você deve ter em mente que sempre existe a possibilidade de acontecer algum acidente no trânsito. Além de proporcionar mais segurança ao motorista e aos passageiros (todos os ocupantes do veículo devem usar o cinto de segurança), o não uso caracteriza infração de trânsito de natureza grave e acarreta multa e retenção do veículo até o momento em que o infrator colocar o cinto.
- Verifique se o veículo está em ponto morto. Ao dar a partida, certifique-se de que o veículo está em ponto morto ou ponto neutro. Esse cuidado irá evitar que o carro dê uma arrancada no momento em que você girar a chave. Então, siga os seguintes passos na hora de ligar o veículo: pise na embreagem para cessar a pressão do motor, coloque o câmbio em ponto neutro e gire a chave para dar a partida.
- Ajuste o banco do veículo de modo que ele fique seguro e confortável para você. Há inúmeras regulagens no banco do carro para que você possa ajustá-lo de forma que não sinta desconforto ou dores musculares. Procure deixar o banco em um ângulo nem muito reto e nem muito inclinado (de 100 a 120 graus). Também observe a distância do banco para o painel. Seus braços não devem ficar totalmente esticados ao usar o volante. O mesmo é válido para as pernas. Elas nunca devem ficar totalmente esticadas ao pisar nos pedais até o fundo.
- Fique sempre de olho nos retrovisores laterais, isso evita acidentes de trânsito. Ajuste-os, antes de dar a partida, de modo que você consiga ver a lateral do carro em 10% do espelho e, nos 90% restantes, consiga visualizar a pista.
- Nunca deixe o carro descer em ponto morto em ladeiras ou estradas. Além de danificar a caixa de marchas, já que a lubrificação fica interrompida quando o carro está em ponto morto, essa conduta é considerada uma infração de trânsito de natureza média de acordo com o art. 231, inciso IX do CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
- Faça o uso correto do freio de mão. Sua função é garantir que o veículo fique parado, portanto, esse freio deve ser usado apenas com o carro em repouso. Na hora de arrancar em uma ladeira, solte o freio de mão somente no momento em que o veículo começar a se mover. Caso o motorista faça uso do freio de mão para “fechar um zerinho” ou “dar cavalo de pau”, estará infringindo a lei, pois se trata de uma conduta perigosa, penalizada com a suspensão da CNH, conforme o artigo 175 do CTB.
- Nunca deixe faltar combustível no carro. Esse conselho pode parecer um tanto óbvio, porém, muitos condutores cometem essa falha e acabam ficando no meio do caminho. Aliás, essa conduta é considerada uma infração de trânsito de natureza média, de acordo com o art. 180 do CTB, e a penalidade prevista é multa e remoção do veículo.
No entanto, apesar de tomar todos os cuidados possíveis na direção, existem situações que fogem totalmente do controle do motorista.
São os casos relacionados a determinadas doenças, por exemplo, que podem chegar a comprometer a segurança do condutor e dos passageiros. Estudos comprovam que as doenças neurológicas são causadoras potenciais de acidentes graves.
Conforme dados da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), a depressão e a esquizofrenia, por exemplo, deixam os condutores inaptos ao volante.
A epilepsia é outra doença neurológica crônica. Ela atinge aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo todo. De acordo com a LBE (Liga Brasileira de Epilepsia), muitas vezes, não há como saber qual é a causa da doença. O que se sabe é que fatores como traumas de parto, álcool, drogas, entre outros, são capazes de originar a enfermidade.
Apesar de algumas restrições, os epiléticos podem dirigir normalmente, mas sempre com orientação médica, a fim de evitar envolvimento com acidentes de trânsito.
No entanto, existem relatos de condutores que sofreram acidente de trânsito e que justificaram a colisão dizendo que foram vítimas de ataque epilético. Embora os dados revelem que esses casos são relativamente raros, é importante que sejam registrados em consideração ao número relevante de epiléticos habilitados.
Os médicos acreditam que, na maioria dos casos em que os epiléticos se envolvem em acidentes de trânsito, assim como qualquer outro motorista, a causa seja excesso de velocidade aliado ao álcool.
Geralmente, o retorno das crises acontece devido à ingestão inadequada de álcool ou algum tipo de medicamento que facilita o reaparecimento dos colapsos, afirmam os médicos. E, nesses casos, os riscos são realmente muito grandes.
Lembrando que uma das exigências para passar no processo de habilitação é fazer exames de aptidão física e psicológica. Dependendo do laudo médico, o candidato pode não ter a sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) emitida. Esse procedimento está de acordo com a Resolução 267 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
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