Da Redação
MANAUS – Em debate na TV em Tempo, na manhã desta terça-feira, 28, cinco dos sete candidatos a governador do Amazonas expuseram suas ideias para geração de emprego e renda caso sejam eleitos. A proposta comum é fortalecer a segurança jurídica dos incentivos fiscais no Estado a fim de assegurar investimentos e atrair novos investidores. Dois candidatos não participaram do debate: o governador Amazonino Mendes (PDT) e Sidney Cabral (PSTU).
Confira o que disseram os participantes.
David Almeida (PSB)
Primeiramente, vamos garantir a segurança jurídica do Polo Industrial de Manaus. Depois, a desburocratização. Nós vamos buscar a simplificação da legislação tributária amazonense e investir em infraestrutura e logística diminuindo o custo amazônico. Isso vai possibilitar às empresas de ganharem mais, investirem mais e oportunizarem novas vagas de empregos. Queremos transformar o Estado do Amazonas em grande produtor de energia solar. Quando eu estive no governo no ano passado, nós destravamos a licença ambiental para o município de Humaitá produzir soja. Temos como produzir também milho buscando alternativas no setor primário para tornar o Amazonas um dos maiores produtores de alimentos do Brasil e do mundo. Precisamos criar o ambiente propicio ao investimento para que o investidor que venha para o Amazonas possa ter a segurança jurídica necessária para que aqui, sendo o porto seguro do investimento, possa colocar aqui mais recursos e ofertar mais vagas de emprego para nossos irmãos amazonenses.
Omar Aziz (PSD)
Hoje nós temos no Amazonas acima de 20% da população economicamente ativa desempregada. Vamos fortalecer o polo industrial dando segurança jurídica a ele. A geração de emprego será conforme a vocação. Quando fui governador fizemos isso com a malva, juta, castanha, borracha, pescado, guaraná e açaí e o valor agregado tem ficar no interior. É possível gerar milhares de empregos no interior com ensacadores. Vou reativar dois programas: o Jovem Cidadão, que foi criado pelo Eduardo Braga (hoje senador) e o outro é ‘Eu Amo a Vida’ para atender mulheres e crianças.
Wilson Lima (PSC)
Precisamos fortalecer a Zona Franca de Manaus que é um patrimônio do povo do Amazonas. Precisamos blindá-la e para isso é preciso unir os governadores do Norte para que protejamos a nossa região e não fiquemos reféns desses ataques que têm acontecido recentemente e que temos vivido agora que é o ataque ao polo de concentrados. A gente precisa diversificar a nossa economia e expandir para outros municípios. Hoje, 82% das atividades econômicas do Estado estão concentradas no polo industrial de Manaus. Apenas 18% estão nos outros municípios. E é redundante eu ficar falando que a gente tem tanta riqueza e um povo tão pobre. Nós vamos montar um polo naval forte, explorar a piscicultura e outros seguimentos do setor primário. Vamos fazer um plano para a exploração mineral respeitando a legislação ambiental, explorando a nossa biodiversidade e vamos também investir no turismo.
Lúcia Antony (PCdoB)
O que está aí, hoje, é um consórcio que tem levado o Brasil ao caos. A destruição da economia, alto índice de desemprego, a marginalidade tomando conta das nossas cidades e, portanto, é preciso a população reagir. Nós precisamos dizer basta a esse desgoverno do Temer, que tem o apoio da maioria do Congresso Nacional. É preciso eleger Lula.
A primeira proposta é defender a Zona Franca de Manaus. Temos ainda uma dependência desse modelo econômico e o governo do Temer e seu candidato Alckmin (Geraldo, do PSDB) querem acabar. Precisamos avançar para o turismo e a industrialização do interior através da agroindústria.
Berg da UGT (PSOL)
Nós vamos primeiramente quebrar a caixa preta da BR-319 (Manaus-Porto Velho/RO) para fazer uma vocação a mais para o Estado do Amazonas que é a questão do turismo. Para os micro e pequenos empresários, teremos o fomento e o acesso ao crédito desburocratizado para gerar mais emprego e renda. Nos municípios, os produtores rurais terão acesso ao crédito e ali mesmo eles vão ficar sem precisar ter o êxodo rural. Vão ter assessoria técnica, financiamento e a agricultura familiar vai fazer com que eles fiquem lá mesmo.