Por Rosiene Carvalho, da Redação
MANAUS – Depois da posse do prefeito de Manaus e dos vereadores eleitos, em cerimônia realizada no Teatro Amazonas, os parlamentares foram à Câmara Municipal de Manaus para realizar a eleição do presidente para o biênio 2017-2018. O atual presidente Wilker Barreto (PHS) foi reeleito com 38 votos. Ele disputou a eleição com a novata Joana D’arc Protetora (PR), que obteve apenas o voto dela, e o ex-presidente Chico Preto (PMN), que recebeu dois votos, o dele e o do vereador William Abreu (PMN).
O vereador Chico Preto (PMN), que já foi parlamentar e presidente da casa, requereu que a eleição fosse feita com base na mesma proporcionalidade conferida pelas urnas para garantir vagas na Mesa Diretora. O vereador Marcelo Serafim leu as regras e disse que o Regimento não previa o que estava sendo proposto. Chico Preto discordou. “Partidos que tiveram boa votação ficaram fora da mesa”, disse.
Wilker Barreto afirmou que nesta legislatura há mais de 26 partidos e apenas 10 vagas na Mesa Diretora. Barreto disse que o pedido de Chico Preto era para ser decidido pelo presidente da sessão, o vereador Professor Gedeão, sob orientação da Procuradoria da Casa. “Qualquer contestação a essa decisão tem que seguir os meios legais”, disse.
Joana D’arc questionou sobre a possibilidade da representação feminina na Mesa Diretora. “O regimento diz que, sempre que possível, será assegurada a representatividade. É possível. Somos quatro vereadores eleitas. É possível sim”, disse. Ela afirmou que o regimento da Casa diz que não pode ter chapa e criticou os colegas dizendo que “já teve acordos” para a formação da Mesa Diretora.
Discursos
Em seu discurso de candidato, Chico Preto criticou os arranjos que precederam a eleição interna deste domingo. Chico afirmou que a CMM precisa de mais independência em relação ao Executivo, transparência e compromisso com a população dá cidade. “Uma mesa diretora não pode ser decidida em torno de um bacalhau. Foi feito um grande acordo desrespeitando a proporcionalidade. Estava escrito no regulamento que será assegurado. Não fui eu e não é se der. Não pode um partido menor ter assento na mesa em detrimento de um partido maior”.
Joana D’arc relatou, em seu discurso, suas dificuldades de acesso aos vereadores quando era apenas ativista dá causa animal. Disse que a Câmara precisa criar meios de que a voz dá população tenha ressonância dentro da casa. “Enquanto muitos brincavam eu sou a prova viva que um ideal pode ter representatividade no parlamento. Quando decidi ser candidata à presidência percebi que ainda temos o ditames dá velha política. A população já mostrou que não quer mais isso. Quem está na velha política está indo embora. Temos que ser a voz do povo. Espero que a consciência de algum colega seja tocada. Quero acreditar nisso”, disse.
Wilker destacou atos de sua gestão e disse que geriu o poder mais transparente do País. Afirmou que deu 18% de aumento aos servidores enquanto a maioria dos poderes parcela o salário.
Veja como ficou a composição da Mesa Diretora da CMM:
Presidente – Wilker Barreto (PMN)
Primeiro vice-presidente – Felipe Souza (PTN)
Segundo vice-presidente – Reizo Castelo Branco (PTB)
Terceiro vice-presidente – Fred Mota (PR)
Secretária Geral – Glória Carrate (PRP)
Primeiro secretário – Missionário André (PTC)
Segundo secretário – Isaac Tayah (PSDC)
Terceiro secretário – Carlos Porta (PSB)
Ouvidor – Ewerton Assis (DEM)
Corregedor – Diego Afonso (PDT)
Sabe quem perde com isto??? A população manauara. Pois já começou a panelinha aonde os nobres vereadores visam somente blindagem do prefeito. Enquanto que a população ficá sem representantes. Tem até vereador que depois de eleito visa somente defender o prefeito e deixa de prestar serviço a favor da população. O povo merece. Afinal não aprendeu a votar.