Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O delegado Gustavo Sotero, preso pela morte do advogado Wilson de Lima Justo Filho, depôs nesta quarta-feira, 18, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, e acompanhou o depoimento de quatro testemunhas de defesa. Ao falar pela primeira vez com a imprensa, Sotero disse que foi agredido com um “soco violento” e “reagiu em legítima defesa”.
O crime ocorreu no dia 25 de novembro de 2017 na boate Portão do Alemão, localizada no bairro São Jorge, zona oeste de Manaus. Na Justiça, a defesa do advogado pede a revogação da prisão preventiva e que seja feito a reprodução simulada dos fatos.
“Eu levei uma agressão violenta, um soco violento, e reagi a essa justa agressão em legítima defesa”, disse Sotero. O advogado também disse que não conhecia o advogado Wilson Justo Filho e nenhuma das três vítimas dos disparos feitos por ele. “Eu confio muito na minha defesa, que eu agi em legítima defesa, e isso está tudo corroborando com o que está sendo apresentando. Vamos esperar as próximas audiências para poder tudo ser esclarecido”.
Para o advogado Carlos Dalledone, o delegado, ao sacar a arma, usou a “sua delegação de poder de polícia”. “O quadro de Gustavo Sotero é muito favorável no sentido de indicar que ele agiu em legítima defesa própria, e que também, quando disse ‘Para! Polícia!’, quando agredido, ele estava usando sua delegação de poder de polícia. E novamente foi agredido. Infelizmente, a vítima precipitou tudo isso e a Justiça vai dar a cada um o que é seu”, disse o advogado.
A ação foi ajuizada pelo MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) e tem como representante o promotor de justiça Armando Gurgel Maia. Segundo o promotor, a partir dos depoimentos, o Ministério Público busca a apuração dos fatos apresentados no inquérito policial.
“A nossa preocupação é justamente buscar as provas do fato que está sendo imputado ao réu e, ao final, o MP irá fazer suas alegações conforme o que foi apurado na instrução. Se for confirmada a denúncia, o MP irá pedir ao juízo que o réu seja encaminhado ao Tribunal do Júri”, disse Gurgel.
Ele um agente da lei, deveria saber que tiro de legitima defesa é para alto com aviso e advertência depois ai sim no alvo, e mesmo assim nas pernas, ele descarregou a pistola saiu atirando a esmo!