Do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – A defesa do presidente Michel Temer (PMDB), em audiência com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin nesta segunda-feira, 29, buscou rebater os argumentos da Procuradoria-Geral da República, que na sexta-feira passada pediu a Fachin a autorização para tomar depoimentos dos investigados no inquérito aberto contra Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
O advogado Gustavo Guedes defendeu os pedidos de redistribuição da relatoria, por meio de sorteio, e de desmembramento do inquérito contra o presidente e reforçou o pedido para que o STF aguarde a conclusão da perícia nos áudios gravados por Joesley Batista, delator do Grupo J? o que a defesa nega.
Foi a terceira audiência entre advogados de Temer e o ministro Fachin desde a semana passada. A defesa espera que Fachin só autorize os depoimentos após a perícia ser entregue.
TSE
Diante da aproximação do julgamento da ação que pode cassar o mandato do presidente Temer no Tribunal Superior Eleitoral, os advogados de Temer iniciarão nesta terça-feira, 30, um corpo a corpo entre os ministros da Corte Eleitoral, para apresentar um memorial, com o resumo dos argumentos da defesa.
A defesa entende que o ambiente político não é o mesmo do início do julgamento da ação na Corte Eleitoral. A visão é que será preciso dedicar-se ainda mais a mostrar as razões para que Temer não seja cassado na ação proposta pelo PSDB contra a chapa formada por Dilma Rousseff e pelo peemedebista, vencedores na eleição de 2014.