A dezoito meses das eleições municipais, o deputado federal Hissa Abrahão (PPS) iniciou uma série de visita às bases eleitorais pelas quais passou em 2012, na época em que era candidato a vice-prefeito na chapa de Arthur Virgílio Neto (PSDB) na disputa pela Prefeitura de Manaus. Oficialmente, assessores do deputado afirmam que ele visitou os bairros para ouvir as demandas da população para trabalhá-las no Congresso. A visita ocorreu, na noite da última segunda-feira, 6, em três pontos da capital: bairro Novo Israel, zona norte; Feira do Mutirão, no bairro Amazonino Mendes, zona leste; bairro São José Operário, também na área leste da cidade, em um horário de pico onde era grande o número de pessoas que passavam nas ruas. A definição dos locais foi estratégica para atender demandas de líderes comunitários que estão se sentindo “abandonados” pelo tucano, que, há três anos, prometia uma nova vida a eles. Na verdade, o deputado do PPS quer relembrar aos insatisfeitos com a gestão de Arthur que não está mais com o prefeito – que a cada dia ganha rejeição nas ruas e nas redes sociais – e busca se mostrar como alternativa aos dois grupos que estão no Poder na Prefeitura e no Governo do Estado. Resta saber se apesar dos desafios, a candidatura majoritária de Hissa, agora, vai vingar.
Eu avisei
Durante as caminhadas de segunda-feira, Hissa Abrahão ouviu de moradores dos bairros que sua decisão em 2012 em se aliar a Arthur foi equivocada. Um feirante parou o deputado e disparou: “Avisei que tu tava fazendo besteira em apoiar aquele *#&¨%”. Com um sorriso pálido, o parlamentar respondeu: “Pois é, o senhor estava certo”. Hissa desistiu da disputa em 2012 após perceber que não teria apoio financeiro e nem político para seguir adiante.
Vai ter que suar
Hoje, o deputado Hissa Abrahão é aliado do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), e luta para ser o ungido do cacique para a campanha do ano que vem com o apoio até da presidente Dilma Rousseff (PT). Acontece, que o parlamentar, cujo partido é oposição ao governo federal, vai ter que concorrer com outros pré-candidatos à Prefeitura de Manaus que já caminham com Braga há mais de 15 anos, como Marcos Rotta (PMDB) e Rebecca Garcia (PP).
Falta transparência
O vereador Professor Bibiano (PT) observou falta de transparência no projeto de lei da reforma administrativa enviada pelo prefeito Arthur à Câmara de Manaus e que, segundo o tucano, vai garantir economia de R$ 570 milhões aos cofres do município. Para ter acesso aos detalhes da reforma, o petista teve que protocolar um requerimento (1.097/2015), solicitando informações do chefe da Casa Civil, Márcio Noronha.
O ‘Ronda’ sumiu
Internautas nas redes sociais de vários bairros de Manaus questionam o governador José Melo (Pros) sobre a ausência dos carros do programa Ronda no Bairro. Em alguns posts, eles informaram que dentro da Polícia Militar existe a informação de que a redução dos carros em circulação é para atender a um pedido de economia de combustível.
Enquanto isso…
Enquanto o governo parece querer economizar com o policiamento, os criminosos aproveitam para atuar em vias públicas. Nos últimos três dias, ocorreram seis assassinatos com suspeita de acerto de contas, entre eles a morte do advogado Marcelo Augusto Andrade Chaves em uma área nobre da cidade. Nesta terça-feira, 6, uma briga entre quadrilhas de tráfico de drogas, na Avenida do Turismo, em plena luz do dia, resultou na morte de um homem.
Pais da criança
Enquanto a assessoria do deputado Marcos Rotta (PMDB) distribuiu nota para dizer que ele votou a favor da MP que corrigiu a distorção salarial dos servidores da Suframa, a assessoria de Arthur Bisneto (PSDB) disse que ele articulou com a bandada tucana na Câmara dos Deputados para que votasse a favor. E a velha história se repete.
Fardamento escolaar
Em reunião com diretores de escolas, a secretária da Semed, Kátia Schweickardt, informou que o motivo do atraso do fardamento escolar era a falta de transporte, o que foi resolvido só nesta semana. O problema, no entanto, foi causado pela demora na contratação da empresa para confeccionar as roupas: o contrato foi assinado há um mês e 13 dias.