Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O presidente da ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), David Almeida, afirmou que não teve participação na contratação da empresa EZO Soluções Interativas Ltda. para identificar dívidas do governo federal com o Governo do Amazonas. O contrato estabelece que caso a União pague os débitos, a EZO receberá R$ 5,4 bilhões. A empresa foi contrata em setembro de 2017 pela Suhab (Superintendência de Habitação do Amazonas), durante a gestão de Almeida como governador interino, para descobrir débitos da União com o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) desde 1960.
David Almeida afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 16, que o superintendente da Suhab na época, Nilson Cardozo, foi o responsável pela contratação e teve total autonomia para assinar o contrato. Segundo David Almeida, a Suhab tem autonomia de fazer contratos por ser uma autarquia.
“O governador não teve nenhum ato decisório ou de indicação sobre esse contrato. Isso foi o Amazonino (Mendes, governador do Amazonas) que andou espalhando essas informações. É uma repetição da mentira. Não quero crer que foi uma retaliação de interesses contrariados por termos derrubado um monopólio de cobrança de vistoria no Detran (Departamento Estadual de Trânsito), de R$ 110 para R$ 90”, disse Almeida.
No contrato, a EZO pede 20% do valor total de R$ 27 bilhões que poderia ser recuperado pelo governo do Estado junto à Caixa Econômica Federal.
O deputado disse que a matéria publicada em jornal local, nesse domingo, 15, foi maculada pelo atual governador (Amazonino Mendes) com o objetivo de denegrir sua gestão, quando esteve interinamente no comando do governo do Amazonas. “Ficou bem claro que houve crime eleitoral, foi uma peça de uma campanha difamatória e eu irei, dentro dos próximos dia, ajuizar uma ação contra esse veículo de comunicação uma queixa crime, com pedido de indenização, além de acionar o MPE (Ministério Público Eleitoral), por uma ação de uso indevido dos meios de comunicação social, pois a matéria não fala nada da realidade, em relação ao contrato”, afirmou.
O presidente da ALE disse que está em curso uma campanha criminosa de difamação contra sua pessoa, patrocinada pelo governo do Estado com dinheiro público. Almeida disse que não para de ser atacado um dia sequer. Segundo ele, o motivo é por não ter permitido o aumento nas contas de energia em um projeto que tramita na ALE.
David Almeida disse que não quer acreditar que esteja sofrendo retaliações pela aprovação do Decreto Legislativo nº 08/2018, que sustou os efeitos das Portarias nº 2.841/2018 e 1.606/2018 do Detran-AM (Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Amazonas), que favoreciam a permanência de monopólio nos serviços de vistoria veicular no Estado. “Na quinta-feira, 12, aprovamos uma portaria que derrubou a exclusividade na inspeção veicular. Coincidentemente, surgiu a conversa que eu sofreria retaliações, mas, não quero crer que seja realmente isso”, disse Almeida.
(Colaborou Patrick Motta)