Por Karina Palmeira, especial para o AMAZONAS ATUAL
MANAUS – O consumidor médio que pagou cerca de R$ 300 de emergia elétrica na fatura do mês de julho, deve pagar cerca de 20% a mais na conta de luz de agosto que chega no início de setembro, no Amazonas. O percentual engloba a bandeira vermelha de agosto e 50% da bandeira de maio, que será cobrada a partir deste mês.
O AMAZONAS ATUAL analisou a conta de luz de um consumidor que pagou em agosto R$ 247,23 de luz mais R$ 31, 83 de Cosip (Contribuição na Iluminação Pública) referente ao consumo do mês julho. Em sua residência, ele consumiu 578 quilowatts. A cada 100 quilowatts hora de energia consumida, a conta aumenta R$ 5,50 com a aplicação da bandeira vermelha.
O site multiplicou o quilowatts consumido pela tarifa cobrada na bandeira vermelha, o resultado foi R$ 31,79 que seria a cobrança de agosto e mais R$ 15,90, referente aos 50% dos quilowatts consumido em maio, o que gerou o resultado de R$ 47,50, um acréscimo de 19,25% na conta de luz do mês de agosto.
A Cosip neste caso, não sofreria aumento, porque a cobrança é feita por faixa de consumo. A conta de luz analisada está na faixa de 501 a 1.000 kilowatts, que paga R$ 31,83.
Redução
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) propôs redução da bandeira vermelha na conta de luz nesta semana em reunião extraordinária, para alterar a tarifa adicional de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. O objetivo da Aneel é deixar a contar de luz 2% mais barata.
A bandeira na cor vermelha é uma tarifa a mais e temporária, cobrada quando a energia é fornecida também pelas termoelétricas. A cada 100 quilowatts hora de energia consumido, a fatura aumenta R$ 5,50.
Os detalhes da redução só serão definidos no final de agosto e partir do dia 1° de setembro a conta de luz chegará mais barata na casa do consumidor. Segundo a Aneel a conta será reduzida porque na última semana, 21 termelétricas foram desligadas e porque o consumo de energia elétrica caiu.
Outro fator que contribui para a mudança na tarifa é a queda de 4,2% no consumo da indústria em 2015, além do funcionamento de novas usinas que começaram a produzir porque neste ano choveu um pouco mais.
Bandeira tarifária no Amazonas
A Eletrobras Amazonas Energia perdeu a disputa com a Aneel para não aplicar o sisstema de bandeiras tarifárias no Amazonas, e os consumidores do Estado vão ter que pagar o reajuste aplicado a partir das bandeiras tarifárias retroativo a maio desde ano.
Para o mês de agosto também está previsto reajuste da tarifa de energia, em percentual que deve chegar a 5%. Além disso, já em agosto, o consumidora vai pagar 50% do valor que deixou de ser cobrado em maio.
O pagamento do reajuste de maio, junho e julho será parcelado em seis vezes. Em setembro, o consumidor amazonense receberá na conta de luz mais 50% do valor referente ao reajuste que deixou de ser aplicado em maio.
Em outubro e novembro, será cobrado o reajuste de junho (50% a cada mês) e em dezembro deste ano e janeiro de 2016 a cobrança será feita sobre o que deixou de ser reajustado em julho.
Só dos meses de maio e junho são quase R$ 9 milhões que deixaram de ser cobrado nas tarifas de energia, de acordo com o presidente da Eletrobras Amazonas Energia, Antônio Carlos Faria de Paiva.
Sobre o mês de maio, o montante de reajuste é de R$ 2,6 milhões e sobre junho, R$ 6,3 milhões. O valor para o mês de julho ainda não foi calculado.