Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – Adversários em 2014 na disputa ao Governo do Amazonas, o senador Eduardo Braga (PMDB) obteve 709.058 votos (43,16%) no primeiro turno e Marcelo Ramos (PR) 179.758 votos (10,94%) ficando em terceiro lugar. Na época, Braga tinha como vice a ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP) e perdeu a eleição no segundo turno para José Melo (Pros), que teve o mandato cassado, em maio deste ano, por compra de votos.
Agora na eleição suplementar novamente ao governo do Estado, Braga conseguiu 377.680 votos (25,36%) no primeiro turno, tendo Ramos como candidato a vice. Somadas a votação de Braga obtida este ano com a de Ramos no primeiro turno de 2014, o resultado é de 557.438 votos, 151.620 a menos que o total alcançado pelo senador naquele ano. A aliança Braga/Ramos se mostrou desidratada eleitoralmente.
Concorrendo como adversária do ex-aliado, Rebecca ficou em terceiro lugar no pleito do último domingo, 6, quando recebeu os votos de 268.922 eleitores (18,06%). Tanto na condição de candidata majoritária quanto como aliada, Rebecca se mostrou com maior potencial de votos para o senador que Marcelo Ramos.
Na comparação com 2014, na eleição suplementar foram 318.785 votos a menos para Eduardo Braga. No segundo turno das eleições daquele ano, Braga conseguiu 696.465 mil votos (44.46%). José Melo, o vencedor, ficou com 869.992 (55,54%).
Não há como medir a influência de candidato a vice na atração de votos em eleição, mas considerando que o aliado é definido com base em seu potencial eleitoral, a votação do candidato majoritário leva em conta a parceria política. Nessa condição, Rebecca Garcia foi uma aliada mais influente entre o eleitorado de Braga que Marcelo Ramos.
Considerando a votação no interior do Estado na eleição suplementar, o ex-governador Amazonino Mendes (PDT), adversário no segundo turno do dia 27 deste mês, venceu em 32 municípios. Braga conquistou 25 das 61 cidades. Rebecca Garcia conseguiu vencer em quatro localidades.
‘Velha política’
A ex-deputada, que fez campanha defendendo a renovação na política e criticando os adversários por representarem a ‘velha política’ no Amazonas, afirmou que não apoiará nenhum dos dois no segundo turno. “Eu gostaria de ver à frente do governo do Estado alguém que representasse a nova política e os dois não me representam. O Partido Progressista liberou seus filiados para decidirem por livre escolha”, disse Rebecca.