Da Redação
MANAUS – Enquadramento em novos crimes ou reincidência resultaram em mil mandados de prisão contra presos no Amazonas em apenas quatro meses – de outubro de 2017 à primeira semana de fevereiro deste ano. As novas ordens de prisão servem para atualizar situação de detentos e evitar que muitos deles, que respondem por vários crimes, sejam soltos.
Na sexta-feira, 9, a Polícia Civil cumpriu 101 mandados de prisão, a maioria por homicídio. “A operação (denominada ‘Rio Amazonas’) vai ser feita de maneira a atualizar os mandados que estão abertos contra os detentos que já estão no sistema prisional. São referentes a pessoas que já cumprem pena, mas possuem mandados em aberto por outros crimes, como roubos, homicídios, estupros”, disse o delegado Samir Freire, da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP).
Dos mandados cumpridos, 536 foram por homicídio, 26 por roubo, 13 por tráfico de drogas, 10 por estupro, cinco por precatórias, três por porte ilegal de arma de fogo, dois pela Vara de Execuções Penais (VEP), um por feminicídio, um por violência doméstica, um por associação criminosa, um furto, um por receptação, um por pensão alimentícia e outro por criminal.
Nesta fase, a operação ocorreu no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) e CDPM (Centro de Detenção Provisória Masculino). Considerado um dos líderes de uma facção criminosa, Kaio Wellington Cardoso dos Santos, conhecido como Mano Caio, teve três mandados por homicídio cumprido na operação. “Outros líderes também tiveram esses mandados cumpridos, o que evidencia a importância dessa ação”, disse o delegado. “Se não fosse dado cumprimento aos mandados, essas pessoas poderiam até voltar ao convívio da sociedade”, completou Freire.