Do Estadão Conteúdo
SÃO PAULO – O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, reiterou na tarde desta sexta-feira, 10, que se for eleito quer ajudar a ‘limpar o nome’ de 63 milhões de pessoas. O processo seria mediado pelo governo, que vai estimular o refinanciamento dessas dívidas.
Na proposta de Ciro, o processo pode ser feito via bancos públicos. O pedetista reconheceu que está em estudo também como estender às instituições privadas a medida, “se tiver espaço para afrouxar um pouco o compulsório”.
De acordo com o candidato, este processo de ‘mediação poderosa’ do governo consiste na retirada da correção monetária e de ‘juros absurdos’ sobre a dívida contraída pelos brasileiros. “Nós vamos ajudar a descontar todos os desaforos das dívidas dos brasileiros”, afirmou o pedetista.
A proposta já vinha sendo falada pelo candidato nos últimos dias e ganhou repercussão ontem à noite, durante o debate da Band. Ciro reconheceu que usou o programa de TV para fixar a medida entre o eleitorado e os adversários. “Quero que meus adversários esculhambem mais minhas medidas, quero que esta (do refinanciamento) vire hit”, afirmou.
Para o pedetista, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tomou dele as propostas de tributação de dividendos e de zeragem de déficit público em 24 meses. “Reconheci aspas minhas nas falas de Alckmin ontem (quinta-feira)”, ironizou.
Ao ser questionado sobre o temperamento dele, Ciro se esquivou de ser chamado de candidato ‘paz e amor’. “Eu sou um doce de coco. Mas acontece que na política eu não estou para alisar, aí fico com fama de bocão”, afirmou.