Da Redação
MANAUS – O Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) pretende recorrer à Justiça para garantir a liberação de mercadorias às indústria do PIM (Polo Industrial de Manaus) durante a greve de auditores fiscais. Paralisação iniciada na terça-feira em todo o País já afeta as empresas de Manaus, segundo o Cieam.
“De um total de 20 contêineres de exportação, apenas dois foram liberados. Até há uma certa compreensão por parte de alguns auditores, mas a maioria está disposta a entrar em greve de novo. E a indústria não pode parar. Deixamos claro que caso o movimento continue, o Cieam ajuizará mandado de segurança”, disse o diretor-executivo do Cieam, Ronaldo Mota,
A entidade se reuniu com líderes do Sindifisco-AM (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Amazonas) na manhã desta sexta-feira para sensibilizar a categoria a rever a decisão de paralisar os trabalhos. Conforme Mota, os auditores pediram ajuda dos empresários para intervir junto à bancada do Amazonas a fim de apoiar a aprovação da MP 765/16, que estabelece bônus de produtividade e eficiência para a carreira. A preocupação do Sindifisco é em função da MP 756/16 perder sua validade no agora início de junho.
“Não podemos fazer mais do que estamos fazendo. Temos representante em Brasília que acompanha diariamente a movimentação da MP e mantém contato com todos os nossos parlamentares. O deputado federal Pauderney Avelino (DEM) tem tratado pessoalmente com eles. Agora, com a atual situação em que o país se encontra é natural que todas as Medidas Provisórias fiquem em segundo plano”, disse Mota.
Além da aprovação da MP 765/16, o Sindifisco é contra a limitação da autoridade do auditor fiscal. “Os auditores têm um problema interno com os analistas tributários que tentam, através de parlamentares, alterar os termos da MP, enquanto os fiscais querem que a mesma seja aprovada sem alterações. Enfatizamos que mantemos constante conversa com a bancada do Amazonas, mas fica impraticável fazermos qualquer coisa com eles em greve”, disse o diretor do Cieam.
Por conta da instabilidade política e econômica que o país passa, esse não é o momento de greve, segundo Ronaldo Mota. O momento é de compreensão e união. “Sabemos que a responsabilidade deles é grande. Os auditores fiscais estão presentes em todos os portos e aeroportos do país. Como cidadãos é importante que eles repensem a greve. O momento é de união para ajudar o Brasil a sair desta situação, enfraquecer o sistema produtivo é um tiro no pé!”, disse.