MANAUS – Sujeitos aos efeitos das cheias e vazantes dos rios no Amazonas, 2,3 mil estudantes de 29 escolas municipais às margens do Rio Negro, na zona rural de Manaus, começaram a frequentar o colégio nesta sexta-feira, 6. Ara eles o calendário do ano letivo é diferenciado. Começa sempre antes e termina mais cedo, em outubro, que nas escolas da capital. Não há recesso de meio de ano. Os alunos, como da Escola Municipal José Sobreira do Nascimento, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Tarumãzinho, são levados de lancha.
As escolas ribeirinhas são da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental e, este ano, implementarão o projeto ‘Aluno Alfabetizado, Garantia de Sucesso: Compromisso de Todos’. A chefe da Divisão Distrital Zonal (DDZ) Rural, Edilene Pinheiro, disse que as aulas serão encerradas no dia 18 de outubro para os alunos e em 20 de outubro para o corpo docente. O calendário especial é amparado pelo Artigo 23 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). “Esse calendário diferenciado é para que os alunos não tenham prejuízo na aprendizagem. Trabalharemos dois sábados letivos por mês para garantirmos os 200 dias letivos e 800 horas previstos pela LDB”, explicou.
Das 29 unidades de ensino que darão início ao ano letivo na próxima segunda-feira, 9, quatro são escolas indígenas municipais: Kunyata Putira, na Comunidade São Tomé; Aru Waimi, na Comunidade Terra Preta; Kanata T-Ykua, que fica na Comunidade Três Unidos; e Puranga Pisasú, localizada na Comunidade Nova Esperança.