Um grupo de vereadores da base governista na Câmara Municipal de Manaus anda fazendo cálculos para a composição de um “chapão” das candidaturas proporcionais que pode barrar a eleição de pelo menos a metade deles no ano que vem. Nessa linha, os vereadores estudam emplacar uma composição com 16 candidatos de seis partidos diferentes. Se a estratégia se concretizasse, pelo menos a metade poderia ficar de fora, seguindo a estatística histórica de renovação da Casa, que aponta um quadro de troca de parlamentares de 48% a cada nova disputa. Abaixo, está a relação dos que hoje estariam no eventual chapão, mas até a eleição muita coisa pode mudar. Dos 16 parlamentares, pelo menos sete estudam a possibilidade de sair para evitar a “degola” na eleição de 2016: Mário Frota, Ednailson Rozenha, Glória Carrate, Isaac Tayah, Amauri Colares, Jairo da Vical e Wilma Queiroz. Mesmo com a saída desses sete, ainda ficariam nove em um grupo que elegeria, no máximo, seis, pelos cálculos mais pessimistas.
PSDB
1.Dr. Ewerton
2. Plinio Valério
3. Mario Frota
4. Ednailson Rozenha
5. Elias Emanuel
PSD
6. Hiram Nicolau
7. Isaac Tayah
8. Luis Mitoso
9. Glória Carrate
PROS
10. Roberto Sabino
11. Sildomar Abtibol
12. Arlindo Júnior
13. Amauri Colares
14. Jairo da Vical
15. Wilma Queiroz
PTB
16. Reizo Castelo Branco
PDT
17. Francisco da Jornada
PSC
18. Joelson Silva
Novo cenário
Com a sanção da presidente Dilma Rousseff (PT) ao projeto de reforma política, que inclui a elasticidade – até março de 2016 – do prazo de filiação partidária aos que pretendem se candidatar nas próximas eleições, vereadores da CMM que pretendiam definir novo partido até o final do mês, devem recuar. Dilma sancionou o projeto com vetos antes da viagem aos Estados Unidos, mas a publicação no Diário Oficial só deve ser feita nesta segunda-feira, 28.
Cruz e a espada
Outro motivo que deve levar os vereadores da capital a decidirem pela mudança de partido somente em 2016 é a definição do (s) candidato (s) a prefeito de Manaus dos dois grupos políticos que caminharam juntos em 2014. O grande impasse é sobre a situação do vice-governador Henrique Oliveira (SD) que andou concedendo entrevista para dizer que “pode” ser candidato à prefeitura de Manaus e espera contar com o apoio de seus aliados.
De outro lado
Tanto o governador José Melo (Pros) quanto o senador Omar Aziz (PSD) já afirmaram que não vão abrir mão de apoiar a candidatura do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB). Para aliados dos dois grupos, a investida de Henrique busca garantir seu cargo de vice na chapa do tucano.
Wallace, o ‘fantasma‘
Em grupos de WhatsApp da ALE, onde estão alguns deputados, se comentava nesta sexta-feira, 25, sobre o “estrago” que o ex-deputado Wallace Souza, morto em 2009, causou aos delegados, que precisarão deixar o cargo após a decisão do STF. É que foi de Wallace a representação ao MPF que resultou na ADI no Supremo contra os comissários de polícia que se tornaram delegados sem concurso público.
Inquéritos em xeque
A OAB, seccional Amazonas, informou a advogados que deverá instituir na próxima semana uma comissão para estudar a legalidade dos defensores entrarem com pedidos de anulação de inquéritos assinados pelos delegados que foram nomeados ilegalmente para o cargo. É que após a decisão do STF, a Ordem recebeu uma enxurrada de telefonemas de associados questionando sobre assunto.
Suframa responde
A Suframa só se manifestou sobre o processo que tramita na Justiça de desvio de recursos na gestão da ex-superintendente do órgão, Flávia Grosso, em 2007, depois de publicada a reportagem do AMAZONAS ATUAL. A resposta curta está abaixo:
O Convênio 057/2007 previa a utilização de recursos da ordem de R$ 40.7 milhões, dos quais R$ 15.5 milhões foram utilizados e houve a devolução de R$ 25.2 milhões referentes a saldo de convênio e despesas glosadas. O convênio foi encerrado em 2012. Também em 2012, a Suframa firmou convênio com o governo do Amazonas (via Seinfra) para execução do projeto “Revitalização e Expansão da Infraestrutura do Distrito Industrial de Manaus”. Totalizando investimentos da ordem de R$ 104.4 milhões, o convênio foi suspenso para readequação do projeto. Sua continuidade aguarda parecer técnico e jurídico.