Da Redação/Com a CDL-Manaus
MANAUS – A CDL-Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus) registrou taxa de inadimplência de 4,1% em junho, menor que a de maio que foi de 4,5%. O presidente da CDL Manaus, Ralph Assayag, disse que o mesmo índice deve ser registrado agora em julho.
Atualmente, no Amazonas, há 375 mil pessoas com os CPFs negativados. “Apesar do alto número de inadimplentes, esse número vem diminuindo deste o início do ano. Resultado de que houve uma paralisação nas demissões e a economia parece estabilizada”, disse Assayag. “Espero que as questões políticas não atinjam a economia”, completou.
Conta inativa
Outro fator que contribuiu para a diminuição da taxa de inadimplência, no Amazonas foi a liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). De acordo com a Caixa Econômica, cerca de 272,29 mil trabalhadores sacaram os recursos disponíveis nas contas inativas no Estado até a segunda quinzena de julho. Em valores, foram R$ 354,25 milhões.
“Muitos consumidores sacaram esse recurso para quitar dívidas e isso é muito bom para que voltem a ter crédito e para o lojista que acumulava perda referente aos débitos. Também, volte a operar no azul”, disse Assayag. Outra boa notícia citada pelo empresário é que o governo federal já está efetuando, todo dia 15, a restituição do Imposto de Renda (IR) que, também, é utilizado no comércio.
Nacional
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estimam um total de 59,76 milhões de pessoas físicas negativadas no País, ao final de junho – um saldo de 1,5 milhões de nomes incluídos nas listas de negativação ao longo do primeiro semestre de 2017. O número reflete as dificuldades que o cenário de desemprego elevado impõe às famílias. O número representa 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos. Em junho do último ano, a estimativa apontava a marca de 59,1 milhões de inadimplentes.
Salário mínimo
No último dia 13 de julho, foi anunciado o novo salário-mínimo que entra em vigor em 2018, que passou de R$ 937 para R$ 979 e terá impacto de R$ 12,7 bilhões nas contas do governo no próximo ano. Na prática, o aumento para os trabalhadores é de R$ 42. Os dados são da Agência Brasil, com base em estimativas do Anexo de Riscos Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso Nacional.
A LDO define os parâmetros e as metas fiscais para a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Por determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal, contém um anexo com os riscos para as contas públicas no curto e no longo prazo. De acordo com esse relatório, cada R$ 1 de aumento no salário-mínimo tem impacto de R$ 301,6 milhões nos benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas pagos pelo governo.
Mesmo com o dinheiro extra do FGTS, a inadimplência continua alta em todo o Brasil.