A transferência de Hissa Abrahão do PPS para o PDT, como está desenhado, é resultado de uma articulação política orquestrada pelo ex-prefeito e ex-governador Amazonino Mendes (PDT) e o ministro de Minas e Energia e ex-governador Eduardo Braga (PMDB). Na avaliação dos dois, Hissa é o nome do grupo que mais ameaçaria a reeleição do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), mas não deve ser o único candidato. O PMDB também trabalha com a hipótese de lançar uma candidatura para tirar votos do prefeito e tentar levar a disputa para o segundo turno, quando todos se uniriam em apoio ao que obtivesse o melhor resultado nas urnas. Seria uma onda “todos contra Arthur”. A estratégia, no entanto, enfrenta resistência dentro do próprio PDT. Os descontentes afirmam que ninguém está vindo para o PDT nesse momento e que Hissa está sendo apenas um instrumento de manobra dos dois caciques políticos. Em 2012, o atual deputado federal tentou o apoio de Amazonino, que, ao fim, decidiu apoiar Arthur e colocar o candidato do PPS como vice. Em 2014, Hissa se adiantou, lançou candidatura ao governo do Estado, mas não conseguiu apoio. Acabou tento que aceitar uma candidatura à Câmara dos Deputados.