RIO DE JANEIRO – O Brasil exportou cerca de 1,63 milhão de barris por dia de petróleo em fevereiro deste ano, estabelecendo um novo recorde pelo segundo mês consecutivo, informou, nesta terça-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
As exportações de petróleo do País continuaram a registrar fortes ganhos desde o início do ano. As exportações médias de 2016 ficaram pouco abaixo de 840 mil barris por dia e terminou o ano com uma contração de 29% em relação a 2015. No primeiro mês de 2017, as exportações subiram para 1,32 milhão b/d e continuaram a subir fevereiro.
Maiores exportações permitiram o Brasil aumentar sua presença no crescente mercado asiático. O aumento dos fluxos tem sido apoiado por preços mais baixos do WTI em relação ao Brent e os valores de Dubai, tornando as classes baseadas em WTI mais competitivas.
Segundo a Opep, duas empresas estatais chinesas teriam comprado 5 milhões de barris ou mais de petróleo bruto brasileiro em março.
O aumento das exportações também ocorre em um momento de novos projetos na área do pré-sal do País. Em janeiro, a produção do pré-sal atingiu uma média de 1,28 milhão b/d, representando cerca de 48% da oferta de petróleo do país.
Com crescimento apoiado principalmente pelo aumento da produção do pré-sal, outro fator que ajudou às exportações foi a redução das necessidades domésticas de petróleo, além da recessão nos últimos dois anos, destacou a Opep.
Para 2017, espera-se que a demanda brasileira de petróleo aumente em 35 mil b/d, com média de 2,36 milhões de b/d. “A indústria de petróleo do país tem se mostrado um dos pontos fortes da economia brasileira este ano em termos de investimento estrangeiro direto”, informou a Opep. No início de março, a Total e a Petrobras assinaram o acordo final de venda de US$ 2,25 bilhões em ativos, incluindo participações em áreas de concessão offshore.
O fornecimento de petróleo da América Latina deverá aumentar em 180 mil b/d para uma média de 5,30 milhões b/d em 2017, diminuindo em relação a 2016 em 90 mil b/d. A produção de petróleo no Brasil deverá aumentar em 260 mil b/d, enquanto outros países da região sofrerão declínios.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)