Tudo no futebol requer uma explicação de arquibancada, uma apreciação da Globo e comentários do povão. Sem a passagem por esses três setores importantes do país do futebol, nada acontecerá na seleção brasileira de futebol. Até ontem eu escrevia a canarinho com letras maiúsculas. A partir de hoje será falada no diminutivo e com letras minúsculas. Escrever de outra forma deixa-me com a impressão de que estou tentando enganar aos outros e a mim.
Vamos lá. Vamos tentar nos explicar a nossa derrota para o Paraguai e para a virose.
Gerardo Daniel Martino, “Tata Martino”, treinador da espetacular Seleção Argentina de Futebol. É argentino nascido em Rosário.
Ramon Ángel Diaz, “Ramon Diaz”, treinador da Seleção Paraguaia de Futebol. É argentino nascido em La Rioja.
Ricardo Alberto Gareca Nardi, treinador da Seleção Peruana de Futebol. É argentino nascido em Tapiales.
Jorge Sampaoli, treinador da Seleção Chilena de Futebol. É argentino nascido em Casilda.
O mundo verá uma semi-final da Copa América de Futebol com quatro treinadores saídos do futebol argentino. Uma grande satisfação para o povo argentino que sofre com a política econômica imposta por uma presidenta bolivarianista. Todos com um nível muito superior aos “professores” que temos.
Será que alguém na CBF sabe que é no futebol brasileiro o esporte em que o técnico, aquele deus que conhecemos, é o profissional mais caro e o que menos estudou?
O que podemos pensar do pobre futebol apresentado pela velha, cansada e retardada seleção brasileira de futebol. Estamos patinando na grama da história do futebol e um ano depois do apagão do Mineirão (7×1), permanecemos iguais ou muito piores do que começamos a Copa do Mundo de Futebol de 2014. A derrota para o Paraguai tem como atenuante para o péssimo futebol apresentado, uma rápida virose que apareceu na quinta e desapareceu na sexta-feira. Uma brincadeira com quem viu o jogo.
Em outubro de 2015, começarão os jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Se continuarmos jogando esse futebol ultrapassado que ainda praticamos, se continuarmos com a mesma política para seleções imposta por uma CBF carcomida pela corrupção e seus desmandos, já sabemos que não chegaremos em segundo lugar no continente sul americano. Decidiremos terceiro e quarto com seleções que estão vencendo a nossa triste seleção.
E o nosso treinador Dunga? É o retrato do desespero e do mau humor. Por que cobrar do Dunga? Ele não é sequer treinador. Por que ouvir do Gilmar Rinaldi que estão se reciclando. Onde? Quem reciclaria o futebol brasileiro para, logo depois, perder para os amarelinhos?
Para termos um treinador que já venceu mundial e que sabe a dureza de um treinamento para conseguir esse título, existe o treinador da seleção americana, o alemão Jürgen Klinsmann. A pergunta que não quer calar: alguém largaria a seleção americana de futebol para se agarrar à seleção brasileira dirigida pela CBF de Marin e Del Nero?
Sim. O futebol é profissionalismo puro e quem estiver querendo padrão de jogo para juntar com a criatividade e indisciplina técnica do futebol brasileiro, terá que pagar alto para contratar o alemão Klinsmann ou o espanhol Pepe Guardiola. O Dunga, o Luxemburgo, o Leão e outros “treineiros” deverão pegar um avião e vir para o Norte e Nordeste, onde ainda enganarão por mais uns dez anos.
Os quatro treinadores são argentinos e o mais laureado deles, aquele em que todos estudam suas teses, está ausente. É Marcelo Alberto Bielsa, o genial “El Loco Bielsa”.
O Chico Buarque leu na bola de cristal e fez a genial música:
Deixa a Menina
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido….
Êta futebol chinfrin esse encontrado pelos Marins, Dungas e Del Neros.
Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, vai torcer pela Argentina.