Da Redação
MANAUS – O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) pediu do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado nesta terça-feira, 6, a edição de uma medida provisória para regular as divergências entre a Petrobras e a Eletrobras sobre o fornecimento de gás natural para as termelétricas do Amazonas.
A Petrobras suspendeu o fornecimento de combustível para as termelétricas administradas pela Eletrobras Distribuição Amazonas porque a empresas de energia elétrica tem uma dívida de R$ 8,2 bilhões.
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A Eletrobras Amazonas conseguiu na Justiça estadual uma liminar que obriga a Petrobras a fornecer gás natural para a empresas iniciar a fase de testes da Usina Mauá 3, em Manaus. A empresa conseguiu autorização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para começar o processo de testes a partir do dia 1° deste mês.
Braga também sugeriu a contratação de produtores independentes de energia. O leilão – concluído pela Aneel no mês passado – vai atender sistemas isolados de 55 localidades do Amazonas. “Isso resolveria dois terços do problema em relação a óleo diesel no Amazonas versus Eletrobras Distribuição Amazonas”, disse.
Localizada na zona Sul de Manaus, no bairro Mauazinho, a Usina Mauá 3, quando estiver em pleno funcionamento, atenderá 50% do consumo na capital e região metropolitana e aliviará a demanda sobre a energia transmitida pelo Linhão de Tucuruí, como acontece atualmente. Essa dependência, lembrou o senador, tem provocado cortes de carga e apagões em Manaus.
Só este ano, a capital registrou sete interrupções de energia em decorrência de instabilidades no linhão, destacou o diretor-presidente da Eletrobras Amazonas Geração e Transmissão, Waldy Charone Júnior. Ao longo de todo o ano de 2016, foram somente seis suspensões de fornecimento. “É muito vulnerável a situação de Manaus”, afirmou o dirigente.
No interior, o drama é praticamente o mesmo, afirmou Eduardo Braga. Os municípios têm sofrido com falta de energia em decorrência da escassez de combustível utilizado pelas usinas térmicas, já que a Eletrobras Distribuição Amazonas não tem capacidade de pagar antecipadamente à Petrobras pelo gás natural.
Privatização
O ministro Fernando Coelho Filho informou, durante a audiência, que somente a distribuição das empresas do Sistema Eletrobras será privatizada, incluindo a que atua no Amazonas. Braga advertiu que a medida pode prejudicar o estado, especialmente o interior, porque nesses municípios os serviços de geração e distribuição são feitos em conjunto.
Sobre o impasse entre as empresas de petróleo e energia elétrica, o ministro disse que o governo federal vem acompanhando as discussões. “Tem uma série de questões que foram apresentadas e que estão sob análise para regularizar essa situação. Tenho certeza que com diálogo acharemos uma solução para esse passivo”, disse.
Se Eduardo Braga se puser contrário aos poderosos que querem colocar o povo brasileiro à mercê das trocas de favores e das régias candidaturas fabricadas para enganá-lo, o povo, sempre ele, estará formando consciência democrática e emitindo sinais todo bom governante. Força a todo homem que não se rende ao que há de pior em nosso país.