MANAUS – Matéria do jornal O Estado de S. Paulo exclui o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) como nome cotado para substituir o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Na semana passada, a economista Míriam Leitão, do jornal O Globo, publicou em seu blog que Braga fora escolhido pelo PMDB para o ministério. Os nomes cotados, segundo o Estadão, são o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Abaixo, matéria da Agência Estado.
Dilma Rousseff está disposta a promover fortes mudanças no setor de energia, petróleo e gás do governo, conforme disseram ao jornal O Estado de S. Paulo políticos que conversaram com a presidente sobre a escolha dos primeiros ministros do segundo mandato. Essa seria a principal resposta de Dilma à sequência de escândalos de corrupção na Petrobrás e aos problemas de gestão na Eletrobrás.
A primeira providência deve ser a demissão do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), protegido do senador José Sarney (PMDB-AP). A decisão já foi comunicada tanto a Sarney quanto ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o qual Dilma conversou na segunda-feira. Outra providência que poderá ser adotada é a troca da direção da Petrobrás, apesar de Dilma ser amiga pessoal de Graça Foster, presidente da estatal.
Para o lugar de Lobão a presidente estaria trabalhando com dois nomes de sua inteira confiança: o chefe de Gabinete Giles Azevedo, que foi um dos coordenadores da campanha à reeleição, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que cederá o lugar para o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa. Os dois, conforme os políticos que conversaram com Dilma, obedeceriam cegamente às instruções da presidente, que foi ministra de Minas e Energia nos três primeiros anos do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a presidência da Petrobras, em substituição a Graça Foster, Dilma chegou a pensar no governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) mas desistiu. Ela o quer num ministério. Depois, falou-se na possibilidade de nomeação de Alexandre Tombini, que deixaria o Banco Central para assumir a Petrobras. A justificativa é que o presidente de uma estatal que trabalha com commodities, como a Petrobras, teria de ser alguém que conhece o mercado. Agora, de acordo com interlocutores de Dilma, ela pensa em Luciano Coutinho para a estatal. Coutinho é o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.