Por Rosiene Carvalho, da Redação
MANAUS – Com as impugnações apresentadas por sua coligação “União pelo Amazonas”, o senador Eduardo Braga (PMDB) mirou suas armas nas duas candidaturas que, segundo as pesquisas eleitorais publicadas neste final de semana, apresentam-se como principais adversárias nesta disputa: a do ex-governador Amazonino Mendes (PDT) e a da ex-superintendente da Suframa Rebecca Garcia (PP) – o alvo, no segundo caso, foi o vice de Rebecca, Abdala Fraxe (PTN).
As duas chapas receberam contestações da coligação de Braga num momento em que a aposta dos institutos de pesquisa é que a eleição suplementar de 2017 pelo Governo do Amazonas seja decidida em dois turnos. Ninguém neste momento pode apontar com exatidão quem passa para a segunda fase.
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Braga aparece até agora em todas as pesquisas como o favorito. Mas, neste início de campanha, as duas outras candidaturas começam a ganhar simpatia nas redes sociais e nas ruas. E, assim como a candidatura de Braga, também sofrem ataques nas redes sociais.
A impossibilidade de prever o futuro de um eventual segundo turno ocorre em função do potencial de crescimento dos candidatos, das gorduras que ainda têm para queimar e dos fatos que surgem durante a campanha e podem ajudar a desequilibrar a disputa.
Fato é que o senador Eduardo Braga, mais uma vez, mostra que não brinca em eleição e usa desde o início aquele que foi seu principal “trunfo” para desequilibrar politicamente adversários.
José Melo (Pros) venceu as eleições em 2014, mas logo após a vitória já contava com 16 pedidos de cassação apresentados por Braga que, ao final dos prazos, somaram 22 ações. Uma deles cassou o mandato do governador e do vice, em maio deste ano, e os outros serviram para causar um estrago na liderança de Melo perante sua base aliada e a população, desestabilizando política e administrativamente seu mandato.
Em 2016, Braga foi atuante articulador da campanha à reeleição do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) contra o hoje vice em sua chapa, Marcelo Ramos. O tucano contava com a mesma equipe jurídica, com perfil de “ataque” dos adversários, que trabalha para Braga.
Arthur nas vésperas da votação teve acesso a uma série de direitos de respostas que o deixaram livre para se defender e atacar Marcelo na TV e na rádio, quando nenhum outro candidato podia mais fazer uso do horário eleitoral gratuito.