Da Redação
MANAUS – A FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) divulgou nesta terça-feira, 28, a 23ª edição do Boletim Epidemiológico do Surto de Sarampo no Amazonas. De acordo com o boletim foi confirmado o quarto caso de morte por sarampo no Amazonas.
A vítima, desta vez, foi uma mulher de 44 anos, do município de Autazes, que deu entrada no Hospital da Zona Norte, em Manaus, no dia 27 de julho, apresentando comorbidade (hipertensão, diabetes). A mulher morreu por complicações do sarampo no dia 4 de agosto.
Ao todo o Estado tem confirmados outras três mortes, todos em menores de um ano – dois em Manaus e outro em Autazes. Ainda conforme o boletim, o Estado tem 8.595 casos notificados da doença, distribuídos em 45 municípios. São 1.211 casos confirmados de sarampo, sendo 852 em Manaus, 194 em Manacapuru e 163 casos nos seguintes municípios: Itacoatiara (44), Autazes (21), Coari (24), Parintins (20), Iranduba (16), Rio Preto da Eva (13), Novo Airão (11), Presidente Figueiredo (10) Tapauá (03) e Barcelos (01).
Os municípios com o maior número de notificações são Manaus, com 6.958 casos, e Manacapuru com 911. Itacoatiara tem 109 casos notificados, Parintins tem 70, Iranduba tem 64, Coari tem 49, Autazes tem 45, Rio Preto da Eva tem 42, Manaquiri tem 40, Novo Airão tem 32 e Careiro tem 30.
A Campanha Nacional de Vacinação contra Sarampo e Poliomielite segue até a próxima sexta-feira, 31 de agosto. A vacinação é feita pelas Prefeituras municipais. O resultado parcial no Amazonas mostra que, até o momento, foram vacinados, contra o sarampo, 78% do público-alvo, correspondendo a 239.251 crianças. Para poliomielite, a cobertura é de 63%, ou seja, 193.403 crianças imunizadas. A cobertura da vacina contra o sarampo é maior, porque Manaus antecipou a campanha, desde abril, em função do surto na cidade.
Contra o sarampo, não existe outra foram de controle que não seja pela vacinação da tríplice viral, explica o diretor presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque. “Quanto maior o número de pessoas vacinadas mais difícil será a circulação do vírus na comunidade, tendo em vista, que no meio ambiente o vírus sobrevive apenas duas horas, por isso, para ele, o homem é o principal hospedeiro”, explicou.
Bernardino esclarece que a pessoa imunizada além de se proteger, também protege o coletivo. “A meta é imunizar até 95% do público-alvo, não esquecendo que a tríplice viral é oferecida no serviço básico de saúde para outras faixa etárias de forma rotineira, portanto, quem não se vacinou, ainda dá tempo, o prazo termina nesta sexta-feira”, alertou.
O sarampo, para Bernardino Albuquerque, é uma doença extremamente contagiosa e o seu período longo de incubação proporciona o maior tempo de exposição das pessoas ao vírus. “Os casos graves da doença estão acontecendo e os óbitos também, a circulação do vírus está presente tanto na capital quanto no interior e para evitar basta se vacinar”, destaca.