Do Estadão Conteúdo
CURITIBA – O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), candidato tucano ao Senado, foi preso no início da manhã desta terça-feira, 11. A ordem é da Justiça do Estado. Fernanda Richa, esposa do governador, e o ex-chefe de gabinete Deonilson Roldo também foram presos. As detenções foram efetuadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná.
A Polícia Federal (PF) também deflagrou nesta terça-feira, dia 11, a Operação Piloto, em mais uma ação ostensiva decorrente da Lava Jato. Trata-se da fase de número 53 da operação. As ações ocorrem nos Estados da Bahia, de São Paulo e do Paraná.
Em nota, a PF informou que a investigação mira suposto pagamento milionário de vantagem indevida, em 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, o departamento de propina da empreiteira, para agentes públicos e privados no Estado Paraná.
De acordo com os investigadores, a contrapartida seria um possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada. Em princípio, a prisão de Beto Richa não tem relação com a Operação Piloto. Policiais Federais cumprem 36 ordens judiciais nas cidades de Salvador, São Paulo, Lupianópolis (PR), Colombo (PR) e Curitiba (PR).
As condutas investigadas podem configurar, em tese, os delitos de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. O nome dado à operação policial remete a codinome atribuído pela Odebrecht em seus controles de repasses de pagamentos indevidos investigados nesta operação policial.