Da Redação
MANAUS – Em uma sessão tumultuada, com troca de insultos e placar apertado, com diferença de dois votos, na manhã desta quarta-feira, 20, o plenário da ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) manteve o veto do Governo do Amazonas à emenda que adiantava o reajuste dos servidores da saúde de 2020 para 2019. A bancada de apoio ao governo conseguiu 12 votos contra 10 da oposição. Eram necessários 13 votos para derrubar o veto.
A emenda aprovada pela ALE antecipava de 2020 para 2019 o pagamento das datas base referentes aos anos de 2016 e 2017. O governo alegou que a antecipação aumentava o orçamento de 2019 em R$ 24,7 milhões e comprometia o pagamento com a folha de pessoal.
O reajuste salarial de 24,52% foi aprovado no dia 8 de maio. O reajuste escalonado estabelece o pagamento de 4,08% em 2020. Na ALE, os deputados haviam mudado o projeto e anteciparam para 2018 o reajuste de 10,85% e de 13,67% para 2019. O veto foi determinado, na época, pelo governador em exercício Flávio Pascarelli, presidente do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas).
Na galeria da ALE, servidores da saúde exibiram faixas com frases para cobrar a manutenção da antecipação. Com o resultado final, gritaram que ‘a saúde vai parar’.
Os deputados também pretendiam votar o veto do governo ao reajuste para os policiais e bombeiros militares do Amazonas, mas governistas e oposicionistas decidiram retirar o tema da pauta da sessão desta quarta. Os policiais querem um aumento maior que os 4% propostos pelo governo e a base aliada deve apresentar uma contra proposta ainda nesta quarta. A intenção é votar o novo índice em sessão extraordinária nesta quinta-feira.
(Colaborou Henderson Martins)