MANAUS – A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresenta nesta sexta-feira, 25, a representantes dos bancários de todas as unidades da federação, a primeira contraproposta de reajuste da categoria, que ameaça deflagrar greve nacional caso suas reivindicações não sejam atendidas. O encontro acontece em São Paulo (SP), às 9h (horário de Manaus). Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Amazonas, Nindberg Barbosa dos Santos, que está em SP, a proposta oferecida pelos trabalhadores é de um aumento de 15% nos salários.
Ele explica que a pauta de reivindicações inclui 9,88% de reposição da inflação, calculada com base no INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) do acumulado de 12 meses (de setembro de 2014 a agosto deste ano), mais 5% de aumento real. Atualmente, os bancários têm salário base de R$ 1.694 e, com o reajuste, deve chegar a R$ 1.900.
De acordo com Nindberg, o reajuste beneficiará profissionais de todo o País. Só no Amazonas, são 3,6 mil bancários representados pela entidade e que podem cruzar os braços caso não haja consenso nesta sexta-feira. “Se não aceitarmos a proposta apresentada, amanhã, pela Fenaban, iniciaremos os protestos nas ruas e as assembleias para definir o calendário de greve”, afirmou.
Ele lembra que as negociações foram iniciadas no início de agosto deste ano, levando em consideração a data-base da categoria, em setembro. Os bancários atuam nos seguintes bancos, conforme o Sindicato Amazonense: Itaú, Bradesco, Santander e HSBC na lista dos privados, e Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, na dos públicos – este último como representante direto do Banco da Amazônia (Basa).
A última greve realizada pela categoria, ocorreu em setembro do ano passado, com duração de quase um mês. Na ocasião, o comando nacional de greve decidiu pela suspensão do movimento e retorno às atividades após a Fenaban oferecer um reajuste de 8,5%, com 2,02% de ganho real (além da inflação).