Um advogado do corpo de defensores da coligação “Fazendo mais por nossa gente”, que conversou com a coluna Expressão, nesta quarta-feira, 7, se mostrou pouco otimista com as perspectivas de sucesso do governador José Melo (Pros) na Justiça Eleitoral diante dos inúmeros processos que podem resultar na perda de mandato. Ele ponderou que tudo depende da composição do Tribunal Regional Eleitoral, mas afirmou que a situação do governador é “muito complicada”, devido as provas anexadas aos processos. Segundo os advogados da coligação adversária “Renovação e experiência”, do candidato Eduardo Braga (PMDB), as ações ajuizadas colheram “provas robustas” “produzidas” pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, bem diferente das provas costumeiramente apresentadas nesse tipo de processo, baseadas em depoimentos de eleitores. Desta vez, as provas são concretas e incluem dinheiro apreendido, listas de eleitores e prisões em flagrante de pastores de igrejas evangélicas na véspera do pleito.
Pisando na bola
O mesmo advogado de defesa da coligação de Melo afirmou que ele está “fazendo muita coisa errada” e desagradando meio mundo neste início de mandato, o que, segundo o defensor, não o ajuda no difícil embate que terá que travar nos tribunais do Amazonas e de Brasília. Em outras palavras: Melo está ficando isolado.
Choque comunista
O ex-deputado e ex-secretário da Sepror Eron Bezerra (PCdoB) disse que não tem qualquer interesse em assumir o comando da Eletrobras Amazonas Energia, depois de ler nota na Expressão de que estava disputando a vaga com Gedeão Amorim. Ele disse que “nunca houve essa ideia” e brincou: “De eletricidade, no máximo, eu levo choque”
Na mosca
Na coluna de anterior, a Expressão trouxe a informação de que o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) colocaria na Secretaria Municipal de Obras um gestor subserviente para que o próprio prefeito controlasse a secretaria que mais contrata e mais gasta recursos de investimento. Nesta quarta-feira, Arthur confirmou a informação, ao anunciar que será ele o “secretário de Obras”. Como é impedido legalmente de assumir a função, disse que vai colocar outra pessoa que “figurará como titular”.
Onde anda o MP-AM?
Houve um tempo em que uma situação como a compra de gelo superfaturada por um secretário, como ocorreu com Evandro Melo, não ficaria barata para o Ministério Público do Estado do Amazonas. Nos tempos atuais, tudo é permitido e o fiscal da lei e da ordem administrativa parece dormir em berço esplêndido. Outra denúncia, de que Evandro Melo viajou à Holanda, em outubro, por conta do Estado, sem ser servidor público, foi ignorada.
Dinheiro na frente
O secretário de Finanças do município de Manaus, Ulisses Tapajós, é um homem de negócios, e disso ninguém duvida. O presidente da Câmara Municipal de Manaus, Wilker Barreto (PHS), foi ter com ele uma conversa sobre o programa instituído na Semef de acabar com o uso de papel, que Wilker quer implementar na CMM, e Ulisses apresentou logo a fatura: custa R$ 600 mil.