Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 12, sobre as intenções de voto dos brasileiros para presidente da República em 2018 mostra um quadro nada animador. Dada como certa a derrota do PSDB – não que isso seja desanimador –, sobram Marina Silva (Rede) e Lula (PT), com vantagem de Marina Silva sobre o petista.
Quem assistiu de perto às eleições de 2014, percebeu que Marina Silva tem pouco poder de fogo em uma campanha eleitoral, e naufragou, depois de aparecer nas intenções de voto como favorita numa disputa de segundo turno com Dilma Rousseff. Na reta final do primeiro turno, foi ultrapassada por Aécio Neves (PSDB).
Ainda é cedo para preocupações, mas o que a pesquisa mostra é o pensamento dos brasileiros neste momento. Se não acontecer nada que mude drasticamente esse cenário, Lula tem chances de recuperar o prestigio e deixar Marina para trás em um eventual segundo turno. Nove pontos de diferença para Marina, como mostra o Datafolha, não seria difícil uma virada, como também não se descarta que Marina possa repetir 2014. O fantasma que assombra Lula é a alta rejeição, um problema que pode ser amenizado ou agudizado até outubro de 2018.
Mas o que surpreende é o desempenho dos três mosqueteiros tucanos Geraldo Alckmin, Aécio Neves e José Serra. Em simulação com os três na disputa, o PSDB teria 16% das intenções de voto no primeiro turno. Sozinho, Aécio aparece com 11%, em terceiro lugar. José Serra, teria % e Alckmin, 8%.
Para quem saiu de uma disputa em 2014 com 48,36% dos votos válidos e liderou a oposição à presidente Dilma Rousseff durante o curto segundo mandato, Aécio vive seu pior desempenho desde que começou a figurar como candidato à Presidência da República. Os outros dois já foram testados e não passaram no crivo do eleitorado. Alckmin uma vez e Serra, duas.
Além desses cinco candidatos que lideram a pesquisa, aparece um sexto nome, mais assombroso ainda: Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ele aparece ora em quarto lugar colado com os tucanos, ora empatado com esses. Há quem aposte que ele pode ser o Donald Trump brasileiro.
De quebra, o Datafolha também testou o nome do juiz Sérgio Moro (Sem partido), que teve desempenho melhor do que o tucanato, de onde ele emergiu. Moro poderia ser a salvação do PSDB, mas ainda é incerta a saída dele da magistratura para ingressar na política.
Sobre, portanto, um cenário em que Marina lidera, mas não é seguro que chegue; Lula com chances de voltar à Presidência da República e Bolsonaro rondando os dois. Cenário pior para o Brasil não poderia existir. O problema é que não há lideranças políticas novas que inspire a confiança do eleitor.
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Toda confiança que o Brasil tinha em Lula foi minada pela mídia, em especial a Rede Globo dos Marinho que desde 64 vive às expensas do Estado e com ele promove golpes, pela mídia conservadora que promove o status quo de um Poder Judiciário conivente com o que há de pior no mundo, a ultra direita. Dizer que não há liderança nem nova nem velha, agora, significa fazer um discurso direitista.
Além do mais, na pesquisa do Datafolha, tendenciosa, acredito, este é o pensamento da periferia? Ela não esteve nos comícios das Diretas Já e ela não aconteceu. Nunca esteve nas passeatas Com Deus Pela Liberdade. Nem nunca estará porque ela é muda e pouco se dá importância ao cidadão que não bate panela.
Lula deu importância, por isso estão batendo nele.
Lula é carta fora do baralho para 2018 .