Da Redação
MANAUS – De janeiro a março deste ano, 842 assaltos a ônibus em Manaus foram registrados pelo Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas). Os roubos ocorreram em veículos de todas as dez empresas que operam no transporte púiblico de passageiros na capital. No mesmo período do ano passado foram 612 assaltos, um aumento de 37,5%. O prejuízo, segundo o Sinetram, passa de R$ 240,1 mil.
O presidente do Sinetram, Carmine Furletti, disse que uma das alternativas para a redução desse tipo de crime é o pagamento da tarifa com os cartões passafácil. Atualmente, já são 49 pontos de venda de créditos espalhados pela cidade, além do site. “Só vamos reduzir esse tipo de crime, tirando o pagamento da tarifa em dinheiro e deixando apenas os cartões Passafácil. Em capitas como Goiânia e Campo Grande, desde que foi adotada essa alternativa, os assaltos reduziram para zero. Nós já possuímos tecnologia para isso, esperamos que em breve possamos implantar esse modelo de pagamento”, disse Furletti.
Um levantamento feito pela SSP-AM (Secretaria de Segurança Púbica do Amazonas) em parceria com o Sinetram, no ano passado, identificou que os crimes dentro dos coletivos estão relacionados ao dinheiro nas catracas.
A substituição do dinheiro pelo cartão enfrenta resistência do STTRM (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus) que considera a medida uma ameaça ao emprego dos cobradores. Representante da categoria na CMM (Câmara Municipal de Manaus), o vereador Jaildo Oliveira (PCdoB) apresentou, inclusive, projeto que proíbe a extinção da função de cobrador. O vereador argumentou que a tecnologia é um risco à atividade desses trabalhadores.
Para o Sinetram, o risco maior é a manutenção do pagamento da passagem em dinheiro, que atrai os assaltantes. Conforme a entidade representativa dos empresários, o uso do cartão será mais seguro também para os passageiros que não precisarão andar com dinheiro da passagem.
O Sinetram concede a primeira via do Passafácil gratuitamente. A segunda custa R$ 15.