SÃO PAULO – O tempo passa, as pessoas envelhecem, a tecnologia avança o mundo não para de girar e o universo a todo momento se reinventa mas parece que a cultura machista no Brasil está estagnada. Hoje temos uma militância feminista muito forte que vem com a missão de combater as injustiças sociais que agridem as mulheres mas isso apesar de grandioso não parece ser suficiente.
Na semana passada uma amiga foi a uma entrevista de emprego, com esperanças e cheia de expectativas nos olhos ela foi e recebeu como resposta uma decepcionante notícia, segundo os líderes a empresa estava contratando apenas homens pois “já haviam mulheres demais” no quadro de empregados da empresa, se eles tivessem parado nessa frase, quem sabe essa história não estaria sendo usada como exemplo nesse texto, mas reiteraram dizendo que nesse caso “mulheres seriam mais lentas e incapazes” é absurdo pensar que alguém em pleno ano 2018 ainda consiga se expressar de forma tão ignorante e cruel. Lembrei de quando conheci uma menina que me contou detalhes do dia em que foi procurar um emprego em sua área e se deparou com uma placa em frente à sala de entrevista, “não contratamos mulheres”.
Muita gente relativiza o assunto e diz que é bobagem, mas quem é mulher sabe que ainda ganhamos menos no mercado de trabalho exercendo a mesma função que a de um homem, ainda somos assediadas em ambiente de trabalho, ainda somos relativizadas e desrespeitadas por sermos mulheres. Enquanto a igualdade de gênero não for pauta principal no mercado de trabalho, a justiça não acontecerá e as mulheres continuarão sendo desvalorizadas.