Por Valmir Lima, da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, em longo discurso durante a festa de filiação de Marcos Rotta ao PSDB, na noite de quarta-feira, 22, explicou os motivos que o levaram a fazer um acordo com Amazonino Mendes (PDT) para a eleição suplementar de governador do Amazonas, e diz que essa foi a atitude mais difícil da carreira dele.
“Era muito mais fácil tomar qualquer outra atitude, todo mundo entenderia (…). Eu tomei a mais difícil, a mais complicada, que foi a atitude de dizer que eu estou indo, na verdade, numa espécie de contradita a todo o meu passado recente, aliás, meu passado todo, de 83 [1983] para cá”, disse.
O prefeito disse que não se tratar de estar votando em um homem “sem erros, sem jaças, um homem que não tenha cometido os seus pecados”, mas está votando em alguém que “não ambiciona fazer da política um trampolim para qualquer coisa mais”.
Ele disse que na conversa que teve com Amazonino deixou claro que estava fazendo um acordo para 2017 e não para 2018 ou 2019. “Eu disse a ele: meu compromisso não é estar ao seu lado em 2018, 2019, 2020, não. Meu compromisso é 2017, para nós governarmos esse Estado sob o seu comando para entregá-lo sã e salvo em 2018. Não tem outro acordo. Não tem como fazer nada depois de 2018 se nós não temos a certeza de termos o Estado de pé, de termos um povo soberano, de termos uma sociedade que possa respirar e respeitar a si própria. Eu disse: meu compromisso com você é 2017. Ele disse: ‘Gostei de você ter dito isso, porque eu penso em 2017′”.
Arthur revelou, que na conversa, disse a Amazonino que considera esses meses que ele terá se vencer a eleição, os mais importantes da vida pública e talvez da vida dele inteira como ser humano. “Nos outros 12 anos [nos três mandatos de governador], você acertou, errou, e a história vai julgar. Mas nesses 18 meses, se você fizer os acertos que nós esperamos, você vai realmente se credenciar a ser o grande vulto definitivo da história deste Estado”.
O prefeito lembrou que quando Amazonino criou o UEA (Universidade do Estado do Amazonas) ele pensou em inventar o defeito, mas depois viu a instituição vicejar e oferecer oportunidade de sonho a milhares de amazonenses.