Por Maria Derzi, da Redação
MANAUS – A intenção é proporcionar algumas horas de embate de ideias sobre políticas públicas que melhorem a vida urbana e torne a cidade mais propícia às oportunidades de ascensão social, mas o debate na TV entre os candidatos à Prefeitura de Manaus no segundo turno tem sido mais pessoal que de interesse público.
Coincidentemente, o prefeito Arthur Neto (PSDB), que tenta a reeleição, e Marcelo Ramos (PR), decidiram investir as fichas na reta final de campanha antes da eleição de domingo, 30, nos dois últimos debates confirmados com a presença dos concorrentes. Um será nesta terça-feira, 25, na TV Em Tempo, às 22h, e outro na sexta-feira, 28, na TV Amazonas, também às 22h.
Não há como medir se essa estratégia conquista eleitores. O marketing eleitoral, nesse caso, serve para atrair a atenção. No último debate, domingo, 23, na TV A Crítica, os candidatos conseguiram personalizar o encontro ao apresentarem poucos projetos de governo e concentrar o discurso na desconstrução um do outro.
Nenhuma das assessorias dos candidatos revelou o plano para o debate desta terça. Limitaram-se a informar que irão estudar um ao outro. Na prática, significa que o tom do debate pode repetir o personalismo, sem destacar propostas de gestão. Tudo vai depender da mediação.
Campanha
O corpo a corpo nas ruas também está entre as atividades eleitorais na reta final para o segundo turno. Arthur Neto e Marcelo Ramos informaram que as caminhadas e o contato direto com o eleitor, servem para ouvir propostas, queixas e aferir, pelo menos em estimativa, a popularidade. “Esperamos uma manifestação democrática para valer, com a predominância da vontade do eleitor sem interferências externas. Apenas o eleitor e a urna”, disse Arthur Neto, em nota.
Marcelo Ramos informou que cumprirá agenda de entrevistas na imprensa e, à tarde, fará caminhada nos bairros. As noites serão reservadas para reuniões com o comitê de campanha a fim de avaliar os trabalhos.
Tanto os marqueteiros de Arthur Neto quanto de Marcelo Ramos também pretendem intensificar a campanha na internet, pois não existe legislação específica para limitar a data final de inserção de postagens nas redes sociais, muito valorizadas no período eleitoral.
A ferramenta, porém, tem servido mais para gerar processos na Justiça Eleitoral do que propriamente conquistar votos. É que, nas redes sociais, a campanha tem ganhado audiência pelas mensagens difamatórias obrigando a Justiça Eleitoral a intervir para obrigar retirada de postagens. Só o resultado as urnas mostrará qual estratégia eleitoral foi mais convincente, em termos de propostas concretas de governo, a merecer a confiança do eleitorado.
Marcelo tem o dom da não resposta . Uma pessoa faz uma pergunta e ele passa os 90 segundos(no caso de debates) falando sem responder.
nao tive nenhum feedback do marcelo.
o cara fala, fala, fala e nao diz nada!
isso eh de dar raiva!
votei nele no primeiro turno, mas no segundo, fico com o Arthur.