O anúncio do prefeito ocorre no primeiro dia de paralisação dos rodoviários que, segundo o Sinetram, prejudicou 200 mil usuários
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, disse, nesta segunda-feira, durante a Mensagem que abriu os trabalhos do Poder Legislativo, que este ano não haverá reajuste da tarifa de ônibus. O reajuste da tarifa é anual, de acordo com o contrato de concessão dos serviços de transporte, mas o prefeito afirmou que há justificativa para aumentar o preço da passagem. “Não vejo motivo para majorar tarifa de ônibus em 2014”, disse, ao falar sobre o transporte coletivo na Mensagem.
Arthur disse que apesar da inflação que, segundo ele, não condiz com o ritmo de crescimento da economia do país, o preço do transporte coletivo em Manaus ficará estagnado. “Não estamos vendo a necessidade técnica de reajuste da tarifa”, completou. Ele lembrou que no ano passado, reajustou a tarifa para R$ 3,00, depois baixou para R$ 2,90 quando a presidente Dilma Rousseff desonerou o transporte público. Depois, pressionado pelas manifestações públicas que revindicavam a redução do preço da tarifa e melhorias no serviço de transporte, Arthur voltou a baixar a tarifa para R$ 2,75. “Graças a uma parceria entre a prefeitura e o governo do Estado, o governador Omar Aziz dividindo meio a meio comigo, pudemos dar o subsídio que garantiu a redução do preço da tarifa” afirmou o prefeito.
Greve no transporte
O anúncio de que a tarifa não sofrerá reajuste foi feito pelo prefeito Arthur Neto no dia em que os rodoviários iniciaram uma paralisação do sistema. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), a greve prejudicou 200 mil usuários do transporte coletivo de Manaus, e ficou concentrada em três empresas: a São Pedro, a Via Verde, a Líder e a Vega, que operam, respectivamente, nas zonas oeste, centro-oeste, sul e centro-sul da cidade.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Manaus (STTRM) reivindica o dissídio coletivo, que, segundo os diretores, ainda foi assinado pelo Sinetram; horas extras que não sendo pagas pelas empresas e o depósito dos valores descontados no contracheque dos trabalhadores para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).