Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse que ficou surpreso quando soube que os rodoviários haviam aceitado a proposta de 5,5% apresentada pelos empresários em audiência de conciliação mediada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) nessa segunda-feira, 4. O reajuste é 1% menor do que a proposta apresentada pelo Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Manaus) durante rodada de negociação mediada pela Prefeitura de Manaus no dia 30 de maio, de 6,5%. “Eu custei a entender. Às vezes eu sou meio burro. Depois eu vi que aceitaram 5,5%. Acredito que os rodoviários não sabem que aqui na minha sala o Sinetram havia proposto a eles 6,5%”, disse o prefeito, no início da tarde desta terça-feira, 5.
De acordo com Arthur Neto, o percentual acordado serve de cálculo para os próximos aumentos. “Eles receberam 1% a menos, ou seja, parece pouco, mas a próxima base de cálculo será menor do que se tivessem topado aquele reajuste”.
Outra perda dos rodoviários, em comparação a proposta da semana passada, trata da anistia aos grevistas. Na negociação realizada no dia 30, o Sinetram concordou em anistiar os trabalhadores que participaram da greve sem descontar os salários pelos dias parados. No acordo firmado nesta segunda-feira, os rodoviários aceitaram compensar os dias parados nos próximos seis meses. Para o prefeito, a compensação foi uma “punição aos grevistas”.
Questionado sobre o que poderia estar por trás da paralisação, o prefeito Arthur Neto disse que “dificilmente não havia alguém por trás”. “Tem gente medíocre o bastante que costuma levar surras e mais surras em eleição e acha que por esses meios renova seus mandatos. Isso cabe à inteligência da polícia, mas é muito estranho esse movimento”, disse o prefeito.
Além disso, Arthur comentou sobre a possibilidade de terem usado a greve com o objetivo de aumentar o valor da tarifa de ônibus. O prefeito voltou a afirmar que não vai aumentar o valor. “Essa pataquada toda é para aumentar a tarifa? Tchau, tchau. Não tem”, disse.
(Colaborou Patrick Motta)