SÃO PAULO – Essa semana eu li bastante sobre o novo jeito de fazer jornalismo dentro da nova comunicação. É bem óbvio que vivemos o momento mais contemplativo dos últimos anos, aquele onde todos se preocupam em entreter enquanto o restante se preocupa apenas em receber um tipo de conteúdo mais leve e que principalmente não o tire do senso comum. É bastante compreensivo, afinal, quanto trabalho dá movimentar-se? Deve ser por isso que a nossa geração usa como muletas a forma de lidar com qualquer tipo de assunto, o humor e o entretenimento. Longe de mim ser quem defende o mau humor, logo eu que faço piada até com a minha própria dor. Acontece que ultimamente eu tenho visto vários erros consecutivos dentro de algo que deveria estar sendo usado de forma responsável. A comunicação tem outra forma agora com as novas tecnologias, ela se tornou cada vez mais massificada e isso não parece estar sendo executada prudentemente. A motivação tornou-se visualizações e acessos que resultam em dinheiro e fama. Onde estão os profissionais que dariam a sua própria vida por uma informação genuína e um conteúdo que pudesse mudar a realidade das pessoas? Enquanto o viral se torna cada vez mais importante o jornalismo é confundido com entretenimento, fazendo agonizar a ideia de tornar diferente o que atrasa. Não existe mudanças sem movimento, não existe movimento sem uma comunicação que incomoda e faz pensar.