SÃO PAULO – Por causa da cultura Cristã que herdamos dos nossos ancestrais portugueses, o Brasil ainda têm uma resistência conservadora quando o assunto é “aborto”. A verdade é que enquanto discutimos sobre isso ]mulheres morrem nas mãos de clínicas clandestinas de aborto.
Deixou de ser questão de moral já faz um tempo, se pelo menos uma mulher morre a cada 9 minutos no Brasil, tornou-se questão de saúde pública e não mais religiosa.
Essa realidade não faz mais parte da vida das mulheres argentinas. O plenário da Câmara de Deputados da Argentina, hoje dia 14 de junho de 2018, em uma sessão disputada e histórica, decidiu por 129 votos a 125: as mulheres terão direito ao aborto legal em qualquer circunstância até a 14ª semana de gestação. Também houve 1 abstenção. Foram mais de 20 horas de debate. A sessão começou às 11h da manhã desta quarta-feira (13) e foi retomada pela manhã de hoje.
O projeto ainda precisa passar pelo Senado, onde a batalha pela aceitação total do projeto deve ser mais intensa, já que a casa tende a ser mais conservadora que a Câmara. A expectativa é que a votação seja em setembro, de acordo com o jornal Clarín.
No Brasil a questão está distante de ser tratada com seriedade, enquanto isso assistimos de perto o retrocesso, a ingenuidade ignorante de quem não consegue compreender que os problemas vão além da fé e da religião e que principalmente o coletivo é mais relevante do que o individual.