BRASÍLIA – O Bradesco e o Banco do Brasil anunciaram nesta noite de quarta-feira, 22, redução em suas taxas de juros, após o Banco Central decidir por um novo corte na Selic, de 0,75 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. As novas condições, que entram em vigor a partir de 1º de março em toda a rede de agências dos bancos, valem para pessoas físicas e jurídicas.
Dentre as linhas de crédito do Bradesco que tiveram redução no caso dos indivíduos, a de empréstimo Pessoal teve sua taxa mínima cortada de 1,89% para 1,83% ao mês, e a máxima de 7,72% para 7,66% ao mês. A modalidade Credfácil Veículo, que tem como garantia o próprio bem, foi reduzida de 5,92% para 5,86% ao mês, no caso do juro máximo. Na modalidade CDC Outros Bens, a taxa máxima foi cortada de 5,90% para 5,84% ao mês.
Já entre as linhas de financiamento para pessoa jurídica, a de Capital de Giro teve redução de 3,49% para 3,43% ao mês na taxa mínima, e de 6,95% para 6,89% na máxima. Na modalidade Credinvestimento, capital de giro com múltiplas garantias, a taxa máxima passou de 6,79% para 5,99% ao mês. Já nos cartões de crédito, para o portfólio da bandeira Elo, os juros máximos do rotativo, que contam com novas regras a partir de abril, ficarão entre 3,1% a 9,9% ao mês a partir da próxima fatura. A taxa máxima cobrada anteriormente na modalidade era de 16,9% ao mês.
Esse é o segundo anúncio de redução de juros que o Bradesco faz este ano. Após o Banco Central acelerar o corte da Selic, os grandes bancos acompanharam o movimento e começaram a repassar as menores taxas para os clientes.
Banco do Brasil
No Banco do Brasil, as principais quedas, de até 0,12 ponto porcentual ao mês, ocorrerão, de acordo com a instituição, em linhas de crédito para capital de giro voltadas a micro e pequenas empresas, com destaque para operações de recebíveis.
Na pessoa física, por exemplo, a taxa mínima do cheque especial passa de 4,42% ao mês para 4,36% enquanto a máxima vai de 12,95% ao mês para 12,89%. No crédito imobiliário, as linhas contempladas pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), a taxa mínima passa de 11,29% ao ano para 10,80% ao ano e a máxima de 11,49% para 11,00%. Já para a linha crédito hipotecário (CH) do banco, o juro mínimo passa de 12,29% para 11,80% ao ano e o máximo de 12,51% para 12,02%.
Do lado das empresas, o BB reduziu os juros do cheque ouro empresarial de 8,47% ao mês para 8,43% a taxa mínima e de 13,64% ao mês para 13,60% a máxima. A linha giro rápido teve idênticos cortes.
“A redução continuada da Taxa Selic contribui para melhorar o ambiente econômico e cria condições objetivas para a retomada do consumo do crédito por pessoas físicas e jurídicas”, destaca o presidente do BB, Paulo Caffarelli, em nota à imprensa.
No último dia 11 de janeiro, o BB já havia anunciado redução de juros após a reunião anterior do Copom, incluindo a queda de até 4 pontos porcentuais no crédito rotativo, que passa a contar com novas regras a partir de abril próximo.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)