O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Logistas), Erick Bandeira de Melo, afirmou que o setor está tentando uma agenda com o governador do Amazonas, José Melo (Pros), para tentar dissuadir o Governo da proposta de aumento em 2% a alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Bandeira afirma que não é possível em números absolutos mostrar o desemprego que pode ser gerado a partir do aumento do imposto. Mas destaca que, por dedução, as consequências são desastrosas para o orçamento das empresas e da população. O empresário ressalta que quanto maior o arrocho, menor o consumo, mola principal do setor do comércio e da arrecadação do Estado. A CDL foi uma das entidades que mobilizou pessoas a lotarem a galeria da ALE-AM na terça-feira, o que promoveu a retirada de pauta do projeto.
Denominador comum
Deputados da base e líderes do setor do comércio admitem a existência de um campo de negociação na questão do aumento do ICMS. Parlamentares afirmam que há uma margem para que, caso aprovada, o aumento não seja aplicado de forma imediata. Por parte dos empresários, cogitam que o Governo poderia ao menos apontar um aumento com prazo curto e data para diminuição futura do imposto.
Sonegação
Os empresários querem mostrar para o governador que em São Paulo, por exemplo, o aumento do imposto sobre o cigarro incentivou o contrabando e uma menor arrecadação por parte do Governo.
A luta continua
O setor demonstrou força nesta semana ao pressionar parlamentares com campanha negativa em redes sociais associando a imagem deles à votação de aumento de impostos para a população. A ação irritou os parlamentares, mas surtiu efeito já que no dia da votação conseguiram constranger a base do Governo a tirar o projeto da pauta.
Assista vídeo feito pelo ATUAL com o presidente da CDL Jovem, Erick Bandeira Melo, na ALEAM, no dia que o projeto foi retirado de pauta.