Por Valmir Lima, da Redação
MANAUS – A Seinfra (Secretaria de Infraestrutura do Amazonas) publicou no Diário Oficial do Estado do dia 17 deste mês portaria (n° 00155/2017) que restabelece os serviços da empresa Laghi Engenharia Ltda., contratada (Contrato 124/2013) para execução de “serviços técnicos de engenharia para a supervisão, acompanhamento e gestão ambiental” para a obra de duplicação da Estrado do Tarumã, o chamado Anel Sul. A Laghi é uma das empresas denunciadas pelo ex-secretário da Seinfra Gilberto de Deus. Segundo ele, a empresa, que mais realiza projetos de obras e fiscaliza os serviços vendia projetos “montados”.
O contrato com a Laghi para o Anel Sul é retomada no momento em que a obra está parada por conta das chuvas. Mas o governo também tem pressa para colocar as máquinas nas ruas. No mesmo dia, no mesmo Diário Oficial, a Seinfra publicou outra portaria (n° 00151/2017) restabelecer os serviços do Contrato 144/2013, celebrado com a Construtora Etam Ltda. para realização da obra de duplicação da Estrada do Tarumã.
No mês passado, o ATUAL publicou reportagem informando que enquanto o Ministério Público do Estado investiga suspeita de superfaturamento na obra de duplicação da rodovia AM-070 (Iranduba-Manacapuru), cujo custo da pavimentação por quilômetro é R$ 2,44 milhões, a duplicação da Estrada do Tarumã custa R$ 8,1 milhões o quilômetro da pavimentação, sem incluir as desapropriações e outros serviços, como pontes, jardinagem, iluminação e paradas de ônibus.
Recebimento
Mesmo sem iniciar os serviços de supervisão e acompanhamento da obra do Anel Sul, que estão paradas, a Laghi recebeu neste ano R$ 178.474,86, valor inscrito em restos a pagar referente ao “reajustamento da 5ª à 20ª medição ao Contrato nº 124/2013”.
Mas não foi só isso. A empresa tem outros contratos com a Seinfa que já lhe renderam, neste ano, o recebimento de R$ 4.767.082,81 de restos a pagar, e já tem empenhados neste ano R$ 1.337.758,18 e mais R$ 205.437,61 a pagar de exercícios anteriores.
O contrato
A Seinfra contratou a Laghi Engenharia Ltda para os serviços de supervisão e fiscalização da obra de duplicação da Estrada do Tarumã por R$ 4.972.018,02. Até o fim de 2015, a Seinfra já havia pago R$ 2.753.307,70. Depois das denúncias de Gilberto de Deus, os dados do Sicop (Sistema Integrado de Controle e Gestão de Obras Públicas) ficaram inacessíveis
De 2010 a 2014, a Laghi conseguiu 32 contratos com a Seinfra para elaboração de projetos, gestão e fiscalização de obras, que somaram R$ 180 milhões. Alguns desses contratos receberam aditivos que somaram R$ 10,5 milhões, elevando o valor para R$ 190,5 milhões. Dos 32, 25 foram quitados pelo governo.
Esta faltando um lava jato neste Estado estar cheio de corrupção todos os contratos e de obras e tecerizado cada Governo que entra e pior que outro não existe ética e nem compromisso e uma quadrilha só.