De acordo com reportagem da Folha de São Paulo desta quinta-feira, 7, os diretores da construtora Andrade Gutierrez, em delação premiada, disseram aos procuradores que comandam a investigação da Lava Jato que havia dois tipos de dinheiro da empresa para doação de campanha: a parte dos “compromissos com o governo” por atuar nas obras da União, ou seja, a propina; e a parte “republicana”, ou seja, a ação institucional em forma de doação. Em outras palavras, a empresa doou dinheiro sujo para a campanha de Dilma Rousseff (PT) e dinheiro limpo para os adversários, como Aécio Neves (PSDB). A Andrade Gutierrez doou à campanha de Dilma Rousseff R$ 21 milhões e para a de Aécio Neves, 19 milhões. A separação feita pelos executivos da empresa tem a mesma consistência das histórias de duendes e papai noel. Acredita quem quiser.