Por Valter Calheiros, especial para o AMAZONAS ATUAL
MANAUS – Moradores do bairro São José, na zona leste, e familiares e amigos da assistente social Alessandra Solart Amorim, grávida de seis meses que morreu vítima de acidente de trânsito no dia 14 de agosto deste ano, realizaram na tarde de desta segunda-feira, 7, uma passeata pedindo paz no trânsito e, em memória às vítimas de acidentes de trânsito. A manifestação foi organizada pela paróquia de São José Operário.
Alessandra, que estava acompanhada de seu irmão, Jorge Adriano Solart, 31, morreu na hora. O acidente aconteceu na avenida General Rodrigo Otávio, no Japiim, zona sul, quando ambos tentavam atravessar a pista na faixa de pedestre. O veículo que causou o acidente era conduzido por Gleidson Sena Amaral, 27 anos. Também atropelado, o irmão de Alessandra continua internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro João Lúcio.
Para Nonato Amorim, viúvo de Alessandra Solart, a manifestação é um ato para alertar a sociedade em favor da paz no trânsito. O grupo também quer chamar a atenção do Ministério Público do Estado (MPE) e da Justiça do Amazonas para que tomem providências e apliquem uma punição severa ao motorista que assassinou sua esposa e sua filha. “Clamamos que o criminoso responda por duplo homicídio doloso. Também, queremos neste 7 de setembro que nosso grito na avenida Grande Circular se una a todas as famílias que lutam na Justiça para responsabilizar motoristas, que embriagados, vivem a mutilar pedestres e a enlutar famílias”, disse Nonato.
O padre Alberto Ripel, da paróquia de São José Operário, lembrou na caminhada que é necessário respeitar a vida, que dirigir um carro deve ser uma atitude exercida com responsabilidade. Ele Ressaltou que as autoridades competentes precisam dar um basta na guerra que se estabeleceu no trânsito de nossa cidade, pois o pedestre acaba sendo a maior vítima. O padre destacou também que a lei deveria ser mais rígida com motoristas que dirigem embriagados, pois quem dirige alcoolizado transforma o veículo em uma poderosa arma que só produz tragédias, como foi o caso da jovem Alessandra e de tantas outras vítimas.
Cartazes e faixas eram carregados pelos manifestantes que destacavam a necessidade de educação no trânsito e pedido de Justiça com punição aos casos de violência no trânsito que se repetem diariamente nas ruas de Manaus. No percurso da passeata, o pai de Alessandra, Geraldo Rodrigues, carregava o cartaz em que pedia paz no trânsito.
A manifestação teve início às 17h ao lado do terminal 5 na avenida Grande Circular, zona leste, com término às 19h, com a celebração de uma missa na Igreja de Cristo Rei, no bairro de São José II, com a presença dos pais, irmãs, esposo e filha de Alessandra Solart.
Mais imagens da manifestação: