Da Redação
MANAUS – Um dos maiores igarapés de Manaus, o do Quarenta, é completamente poluído no percurso urbano. Sua nascente, porém, ainda está preservada em área de mata nativa na zona leste da capital. A nascente fica no terreno do Ifam (Instituto de Educação Federal do Amazonas) – Campus Manaus Zona Leste.
O educador social e ambientalista Valter Calheiros registrou em fotos a nascente do igarapé para defender a preservação da água. No texto a seguir, ele expõe a importância da preservação das nascentes.
A preservação da nascente do Igarapé do Quarenta em Manaus
(*) Valter Calheiros
No dia 22 de março o calendário registra a comemoração do Dia Mundial da Água. A data foi criada pela ONU destinada à discussão sobre este importante bem natural. Sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido. A mensagem da folhinha alerta: NÃO DESPERDICE ÁGUA!
Em nossa Manaus são muitos os cidadãos e instituições que lutam em favor da preservação da água através da presença educativa em escolas, faculdades, universidades, projetos sociais, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, igrejas, meios de comunicação, associações de cabocos do beiradão, todos, enfim, buscando preservar a água como elemento natural indispensável para a vida no presente e futuro!
Como forma de homenagear a todos os educadores que não medem esforços em favor da educação ambiental, registramos imagens da nascente do Igarapé do Quarenta, localizada na área do Ifam (Instituto de Educação Federal do Amazonas) – Campus Manaus Zona Leste. A nascente do igarapé possui água limpa, temperatura agradável, mata preservada, área protegida com seguranças e educadores e alunos sempre atentos a manter a área preservada.
Na relação homem e natureza, nesta data convém lembrar a mensagem do Papa Francisco na Carta Encíclica Laudato SI: “Louvado sejas, sobre o cuidado da casa comum, onde destaca que o nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta: o seu ar permite-nos respirar e a sua água vivifica-nos e restaura-nos”.
Outra voz em favor das águas encontramos registrado na poesia ‘Água Doce’, de Celdo Braga, poema docemente cantado pelo Grupo Imbaúba: “A água no jeito simples de ser, só quer ser limpa para dar de beber”.
Ao registrar a nascente do Igarapé do Quarenta, apreciamos um olho d’água brotar do ventre da terra mãe, limpa, pura, cristalina, fonte insubstituível para a vida! Isso reforça nosso dever em preservar sempre, não apenas por um dia, pois além dos igarapés temos águas que transbordam por rios, paranás, lagos, igapós, furos e fontes subterrâneas.
*Valter Calheiros é educador social e ambientalista do Movimento Socioambiental SOS Encontro das Águas.