Da Redação
MANAUS – O ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT), e o senador Eduardo Braga (PMDB), que lideraram as pesquisas de intenção de voto na eleição suplementar deste domingo, 6, desconversaram sobre a busca por apoio em um eventual segundo turno. Ao votar, Amazonino disse que “o apoio político só é legítimo e certo quando é espontâneo”. Conforme o candidato, só há credibilidade em alianças partidárias “quando atende os anseios do povo”. “Quem decide não é o partido, mas sim o povo”, disse.
Sobre ataques dos adversários na campanha, o ex-governador disse que já “está acostumado”. “Cada um tem seu jeito de fazer campanha. Essa descontração do adversário não esclarece o eleitor, serve apenas para que o eleitor fique iludido”, declarou.
Conforme Amazonino, no seu caso específico a proposta de governo é de reconstrução, “no sentido de restaurar, reorganizar o Estado e a partir daí começar a realizar as esperanças e os sonhos legítimos do povo desse Estado”. “Precisamos resgatar o Estado, que tem se mostrado uma opção para o País no sentido de que a Zona Franca de Manaus é uma opção à indústria voltada para substituição de importações, que é muito importante para o País. Deveremos nos conscientizar desse papel e não deixar que as coisas escorram pelos nossos dedos, ou seja, que a gente perca o que a gente ganha. Nós estamos perdendo o que nós ganhamos”, disse.
Na espera
Já Eduardo Braga disse que prefere esperar o resultado do primeiro turno para só depois pensar em buscar apoio. Senador evitou falar em novas alianças. Disse que confia na Justiça Eleitoral para que o governador eleito neste pleito suplementar não terá dificuldade em assumir o mandato.
Braga se referiu à decisão do ministro do STF, Ricardo Lewandowski. Ele determinou que o governador eleito seja diplomado apenas depois que o TSE julgar os recursos que questionam a cassação de José Melo (Pros) e do vice, Henrique Oliveira (Solidariedade). “Os embargos devem ser julgados o mais tardar na segunda quinzena de agosto. O ministro Barroso Luiz Roberto, relator) é um ministro diligente. E o próprio TSE está extremamente confiante na eleição”, declarou Braga, ao votar na manhã deste domingo.