Da Redação
MANAUS – O Amazonas é o primeiro Estado em número de mães com gravidez indesejada. Das mulheres gestantes, 60% não planejaram a gestação. No reconhecimento da paternidade, 17% dos homens no Estado não assumem os filhos. Os dados são da pesquisa Gravidez Indesejada no Brasil do site Trocando Fraldas, que ouviu 12 mil mulheres em todo o País.
No ranking da gravidez indesejada sem nascimento do bebê, o Amazonas é o sexto colocado. Conforme o estudo, 3 em cada 5 gestações não planejadas ocorrem porque o casal não se preveniu e outros 19% são atribuídos a uma falha do anticoncepcional.
Entre as capitais, Macapá lidera as capitais com 77% seguida por Manaus e Teresina nas gravidezes indesejadas. Em média 76% dos bebês não planejados chegam a nascer enquanto o restante não consegue devido a abortos espontâneos, não espontâneos e outras complicações. A menor taxa de nascimentos vivos foi registrada entre mulheres do Norte com 72% e a maior entre as nordestinas com 78%. No Acre, Distrito Federal, Piauí, Pará, Maranhão e Amazonas menos de 70% das gestações são concluídas.
Conforme o Trocando Fraldas, o resultado do estudo serve para promover a discussão de que quando o público masculino se responsabiliza de forma igualitária pelo trabalho doméstico e de cuidado não-remunerado, abre espaço para que as mulheres possam desenvolver seu papel profissional que, de acordo com dados de 2012 do Banco Mundial, representa 40% da força de trabalho no mundo.
“A flexibilização de horário, os momentos para a amamentação, consultas pré-natal, comparecimento em consultas médicas, entre outros, estão entre as ações que precisam ser adotadas pelos empregadores/as, mas o mais importante é que essas ações também compreendam o público masculino para que o cuidado com os filhos possa ser compartilhado com as mulheres”, informa o site.
Em todo o País, o levantamento mostra que 11% dos pais não assumiram a paternidade. Na região Sul, a taxa de rejeição é a menor, com 7% e maior na região Norte, com 16%. Nos estados Maranhão e Rondônia, com 20% e 19% respectivamente, ocorre maior fuga da responsabilidade paterna. No Rio Grande do Norte e Santa Catarina a taxa de rejeição é a menor, mal chega a 7%. Em São Paulo e Rio de Janeiro, 90% e 91%, respectivamente, os homens assumem a paternidade.
Confira os dados.