O deputado federal Alfredo Nascimento (PR) e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), estão ensaiando uma “dobradinha” para unir apoios nas eleições de 2016, mas adiantando a batalha para “tomar o poder” em 2018. A união dos dois consiste em fazer parcerias para as chapas majoritárias dos municípios do interior: na cidade em que o PMDB indicar o candidato a prefeito, o PR indica o vice-prefeito e vice e versa. A articulação pode se estender à capital, onde os dois presidentes de partidos já afirmaram que querem lançar potenciais nomes para a Prefeitura de Manaus. Na verdade, o objetivo da “sociedade política” é aumentar a força das legendas nas cidades do interior para a disputa ao governo do Estado, onde Alfredo seria um potencial vice de Eduardo Braga. Em meio às denúncias de corrupção contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro luta para se manter no Executivo (federal ou estadual) após as próximas eleições gerais.
Acabou a ternura
A união de Alfredo com Braga surgiu após o parlamentar romper com o governador José Melo (Pros), com quem caminhou nas eleições do ano passado. Aliados de Melo informaram à coluna que Alfredo esperava que seu partido, o PR, tivesse “espaço” na gestão estadual, mas os dois sequer chegaram a conversar sobre essa proposta nos últimos seis meses.
Comitês no alvo
Aliado de Eduardo Braga, o deputado estadual Vicente Lopes (PMDB) mandou nota nesta segunda-feira, 3, sobre uma reunião em Codajás, para dizer que o PMDB “vai avançar na organização dos comitês municipais, para ser destaque nas próximas eleições municipais”. No evento, a legenda elegeu o empresário Antônio Ferreira dos Santos, o ‘Tonho’, para presidente do diretório municipal.
Elias, o ditador
Debutando como líder de prefeito na Câmara Municipal de Manaus, o vereador Elias Emanuel (sem partido) mostra pouca desenvoltura na articulação com a base governista, fazendo mais inimigos que aliados do Executivo. Nas últimas duas semanas, o parlamentar tem barrado requerimentos até de vereadores da base do prefeito usando mais o poder do grito que a força da argumentação. Resultado: após seis meses no cargo, ainda não conseguiu obter o respeito dos colegas.
Contas caducas
Como prioridade para os últimos meses de 2015, o presidente da CMM, Wilker Barreto (PHS) elegeu a análise das contas dos prefeitos dos últimos dez anos. Na lista consta a prestação de contas do ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB) que está desde 2005 para ser levada ao plenário.
Deputado de Parintins
Como deputado estadual do Amazonas, o ex-prefeito Bi Garcia (PSDB) tem saído um bom vereador de sua cidade natal, Parintins. A cada dez pronunciamentos na tribuna da ALE, pelo menos sete são destinados à “luta por melhorias” dos serviços públicos na ilha.
Supersincera
Da primeira-dama Goreth Garcia chegando atrasada nesta segunda-feira, 3, no evento de aniversário da Fieam: “Ainda bem que o deputado José Ricardo chegou atrasado junto comigo, pois justifica: esse trânsito está louco”
Comparação infeliz
Ao comentar o longo período em que o presidente da Fieam, Antônio Silva, está à frente da Federação das Indústrias, o secretário da Sefaz, Afonso Lobo, representante do governador José Melo no aniversário da entidade, soltou essa: “O presidente Antônio Silva passa Saddam Hussein (ditador iraquiano), que passou 12 anos no poder”. Ao se dar conta da comparação infeliz, Lobo pediu desculpas “pela brincadeira” e disse que a intenção foi só “quebrar o gelo”. Na verdade, Saddam passou 24 anos no poder.