Nos corredores da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputados e servidores da Casa, discutem as medidas de contenção de despesas em função da crise e questionam o fato de a ALE abrir mão de R$ R$ 35 milhões anuais de seu orçamento para o TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas), que usa o recurso para pagar auxílio-moradia e a Parcela Autônoma de Equivalência (um direito adquirido de um pagamento feito pela Câmara dos Deputados a título de auxílio-moradia aos deputados na década de 1990). Os servidores temem corte de benefícios, como redução do auxílio-alimentação, e os deputados reclamam do congelamento da verba de gabinete e da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar. Em pronunciamento no plenário da ALE, nesta quarta-feira, 8, o presidente Josué Neto (PSD) tocou no assunto: disse que nos últimos seis anos, a ALE abriu mão de 0,5 % do duodécimo a que a Casa teria direito, cedendo o repasse para outros órgãos da esfera estadual. Josué Neto não citou o TJAM, que é o beneficiário dos 0,5%, mas reclamou que nos dias atuais significa uma perda no orçamento anual da ALE de R$ 35 milhões.